quarta-feira, 25 de julho de 2018

Expedição ao naufrágio do Bismarck

A espera de Submarino Nuclear, Marinha abre concurso para submarinistas

A Marinha do Brasil abriu concurso para selecionar trinta novos quadros para trabalhar na manutenção de submarinos e instalações nucleares. Com inscrições até o dia 3 de agosto, os candidatos precisam ter entre 18 e 25 anos em janeiro de 2019 e ter cursado ensino médio completo, com nível técnico nas áreas ofertadas.
Para o ex-integrante da Marinha e consultor em assuntos militares Alexandre Galante, a aquisição de submarinistas é fundamental, visto a proximidade da entrada em operação de quatro novos submarinos da Armada.
"Não adianta você ter os melhores navios e os melhores submarinos se você não tem os recursos humanos preparados para operar esses equipamentos, cada vez mais modernos. Então a Marinha está se preparando antes da incorporação dos novos submarinos da classe scorpene que vão começar a entrar em serviço em 2020", destaca Galante.
Além dos quatro submarinos da classe scorpene, fruto de uma parceria com a França, a Marinha do Brasil está desenvolvendo um à propulsão nuclear que deve começar a ser construído em 2023, com tecnologia 100% nacional. A expectativa é que o equipamento, batizado de Álvaro Alberto em homenagem ao almirante brasileiro, fique pronto entre 2028 e 2030.
De acordo com a tenente da Marinha do Brasil, Deila Malta, a contratação desses quadros é importante para que sejam treinados para servir nos equipamentos quando eles estiverem em operação.
"Até lá, a gente precisa treinar essa nova força para que quanto todos os nossos submarinos estiverem prontos que eles ser guarnecidos, que esses jovens possam trabalhar e servir a bordo desses submarinos", destaca a militar.
Os selecionados neste concurso serão peça fundamental na operação desses equipamentos que, segundo o consultor de assuntos militares Alexandre Galante, são de extrema importância para a segurança nacional.
"A Marinha do Brasil possui submarinos de origem alemã que já passaram da metade da sua vida útil. Então, a Marinha precisa desses submarinos novos para continuar tendo uma capacidade mínima de negação do uso do mar. Porque o submarino nega o uso do mar para o inimigo e com a descoberta do Pré-sal e reservas de petróleo, isso é fundamental", alerta Galante.
No concurso para o Quadro Técnico de Praças da Armada são oferecidas ao todo 30 vagas, sendo 14 para a área técnica de Eletroeletrônica e 16 para a de Mecânica. Na primeira serão admitidas as titulações de Automação Industrial, Eletroeletrônica, Eletromecânica, Eletrônica, Eletrotécnica e Mecatrônica. Já na segunda, serão aceitos técnicos em Manutenção Automotiva, Mecânica, Mecatrônica e em Refrigeração e Climatização.
Os candidatos passarão por prova objetiva de conhecimentos profissionais com 50 questões e uma redação. Em uma segunda etapa, eles realizarão os Eventos Complementares que envolvem entre outras coisas, Verificação de Documentos e Teste de Aptidão Física.
Os aprovados farão o Curso de Formação de Sargentos no Centro de Instrução Almirante Alexandrino, no Rio de Janeiro. Após o curso serão nomeados na graduação de Terceiro-Sargento, com direito a soldo de R$3.825,00, além dos adicionais militar (16%) e de habilitação (20%).
Depois da nomeação, os Sargentos realizarão o Curso de Subespecialização de Submarinos para Praças, com duração de cerca de 24 semanas, no Centro de Instrução e Adestramento Almirante Áttila Monteiro Aché, também no Rio de Janeiro, e irão servir a bordo de submarinos, com direito a mais 20% sobre o soldo.
As inscrições podem ser feitas através deste link

Como BRICS pode ajudar 4ª revolução industrial a acontecer? Político russo explica

Hoje (25), na cidade sul-africana de Joanesburgo, começa a 10ª cúpula dos BRICS, que tem como foco a quarta revolução industrial e o desenvolvimento das tecnologias modernas. A Sputnik está acompanhando o evento no local e conseguiu falar com Arkady Dvorkovich, alto responsável russo, sobre a principal pauta da reunião.
O governo sul-africano, que preside a organização pelo protocolo no período entre 1º de janeiro de 2018 e 31 de dezembro de 2018, definiu como o tema principal da cúpula a "Colaboração para Crescimento Inclusivo e Prosperidade Comum em meio à Quarta Revolução Industrial".
Para incentivar o respectivo diálogo, as autoridades da África do Sul convidaram centenas de especialistas de todo o mundo, e não só dos países-membros do bloco. Assim, o evento também conta com a participação de outros 9 países africanos, inclusive Angola, e os Estados convidados no âmbito do projeto proposto pela China no ano passado, ou seja, BRICS+. Entre eles estão Argentina, Indonésia, Egito, Jamaica e Turquia.
Em uma conversa com a Sputnik nas margens do fórum, o ex-vice-presidente do governo russo, economista e funcionário público, Arkady Dvorkovich, contou quais serão os principais temas de discussão nesta cúpula.
"A agenda de hoje contém questões bem básicas que, porém, não deixam de ser atuais. Eu quero dizer inclusive a introdução de novas tecnologias, relacionadas com a quarta revolução industrial, nas economias de nossos países, tanto nos países dos BRICS, quanto nos países da África que são parceiros dos BRICS nesta cúpula. Ademais, se trata de tais temas como o comércio e o investimento — [para que haja] menos barreiras, mais decisões justas e, respectivamente, mais implicações para o desenvolvimento econômico das nossas nações", explicou.
O político russo enfatizou que se refere nomeadamente a "novos mecanismos financeiros" que mantenham o desenvolvimento coletivo do bloco e os investimentos no chamado "capital humano".
"Tudo isso está sendo ativamente discutido, vou me repetir, isso é crucial já por muitos anos, mas de cada vez subimos para um novo patamar. Algo que foi discutido antes já foi feito, outras coisas começam a ser feitas", sublinhou Dvorkovich.
O alto responsável russo, sendo membro do Conselho de Gestão do centro de inovações Skolkovo, considera como muito importantes os temas em discussão no corrente fórum.
"Estou aqui por parte do centro de inovações Skolkovo, e claro que para mim [é importante] o tema das inovações e novas tecnologias, ligadas ao uso de big data, a tudo o que tem a ver com novos materiais, neurotecnologias… Acho que em um futuro muito breve tudo isso vai se tornar o principal foco da pauta. O mais importante é garantir o respectivo acesso a essas tecnologias para um número significativo de pessoas", concluiu.

Com Brasil figurante, BRICS lucram com guerra comercial de Trump, diz analista

Sob o espectro das políticas protecionistas de Donald Trump, a 10ª cúpula dos BRICS está reunida em Joanesburgo, na África do Sul, discutindo temas como a cooperação tecnológica na 4ª Revolução Industrial. A Sputnik Brasil ouviu o pesquisador em Relações Internacionais Charles Pennaforte, que acredita que Brasil perdeu espaço no cenário global.
A 10ª cúpula dos BRICS acontece em um momento de dúvidas na geopolítica mundial. Após lançar a nova estratégia de segurança dos EUA, Donald Trump incendiou com protecionismo as relações comerciais nas quais o mundo estava assentado, movendo o eixo de poder mundial que os BRICS já vinham alterando. No entanto, mesmo o próprio bloco tem sofrido abalos com disputas políticas em países como o Brasil e a África do Sul, além de atritos com Índia em relação à Nova Rota da Seda chinesa. Com isso, tem ficado à cargo de Rússia e China o rumo em direção a um novo desenho do poder mundial.
O termo BRICS surgiu pela primeira vez em 2001 através de um documento do banco Goldman Sachs assinado por Jim O'Neill.
No documento, o tamanho das economias de Brasil, China, Índia e Rússia, à época, 8% do PIB global, eram vistos com espanto, fazendo um chamado à reorganização dos fóruns de poder mundiais. De lá para cá, o crescimento dessas economias superou as expectativas, assim como seu peso político.
Desde 2009, o grupo incorporou a África do Sul, aumentando sua influência. Em 2012, o BRICS desafiou o sistema de poder global estabelecido pelo sistema Bretton Woods, liderado pelos EUA e União Europeia e colocou no mundo o Novo Banco do Desenvolvimento, uma alternativa ao Fundo Monetário Internacional e ao Banco Mundial.
Para explicar o momento atual da organização que se reúne nesta quarta-feira (25) e também na quinta-feira (26) em Joanesburgo, na África do Sul, a Sputnik Brasil entrevistou o especialista em Relações Internacionais da Universidade Federal de Pelotas, Charles Pennaforte.
Brasil de Temer chegou "ao ponto zero" no cenário internacional
O Brasil foi um dos principais atores no surgimento do BRICS. À época, o Itamaraty de Celso Amorim foi uma das lideranças que ajudaram a agrupas os 5 países em torno do BRICS. Porém, a crise política e econômica empurraram o país ladeira abaixo no cenário internacional, desmanchando a projeção internacional alcançada até então, como afirma o Pennaforte.
"No caso específico do Brasil, infelizmente essa crise política que se arrasta há mais de 3 anos praticamente, realmente enfraqueceu a posição do Brasil não só dentro do agrupamento dos BRICS, mas como também no cenário internacional. Então sob o ponto de vista de importância, o governo Temer levou o Brasil praticamente ao ponto zero", aponta Charles Pennaforte
O especialista ainda lamenta o fato de que o país gera um vácuo dentro do BRICS, apontando que a estagnação na projeção internacional brasileira durante o governo de Michel Temer.
"O Brasil poderia com seu softpower ter uma projeção bem maior sobre as áreas que a China não tem uma grande influência, mas infelizmente estamos estagnados no momento", ressalta.
Protecionismo dos EUA aumenta influência dos BRICS
Ao longo de 2018, o protecionismo comercial tem dado o tom da política internacional norte-americana. A partir de março, Donald Trump aportou tarifas sobre produtos como o aço e o alumínio e não poupou nem seus principais aliados. Levantando preocupações e suspeitas em todo o mundo, o movimento de Trump pode abrir espaço para que os BRICS ajudem a reorganizar o comércio mundial.
Para o pesquisador Charles Pennaforte, a tendência é que o isolamento dos EUA cresça, e com isso os outros atores do comércio internacional passem a se reorganizar politicamente.
Sem dúvida nenhuma isso é importante para o aumento da influência dos BRICS sob o ponto de vista do comércio mundial. Na verdade o que o Trump faz é colocar uma perspectiva nua e crua do que é o grande comércio internacional. O comércio internacional é feito para as velhas potências", afirma.
Com isso, acredita ele, os BRICS se tornam um polo em torno do qual podem gravitar os países que buscam uma alternativa ao esquema internacional regido pelos EUA.
"Do ponto de vista prático, o Trump carece de fundamentos mínimos da economia. Grande parte da produção americana fica fora, fica na China, fica em outros lugares do mundo. Então ao iniciar uma guerra comercial, uma retaliação sob o ponto de vista de tarifas, fatalmente isso vai impactar sobre a própria indústria norte-americana no médio prazo. É uma coisa sem sentido", aponta o especialista.
Pennaforte afirma que o lado positivo é que o tumulto protecionista deve empurrar o mundo na direção de um rearranjo das forças políticas, buscando alternativas. Para o especialista, os BRICS terão a direção de dois principais países nesse momento de aumento de influência:
"Sob o governo Putin, nos últimos anos, geopoliticamente a Rússia renasceu. Ela está mantendo uma estrutura mais agressiva do ponto de vista militar, uma reforma de seu arsenal, tal como a China também o fez. Acredito que os dois países vão ficar na ponta puxando essa alternância, essa mudança de status no cenário internacional", conclui.

Analista: destróier Lider será 'o poder de fogo principal' da Marinha russa

A mídia norte-americana descreveu o destróier russo Lider do projeto 23560 como o navio "mais fortemente armado no mundo". Analista naval russo destaca as especificidades do futuro navio.
O portal Military Watch afirmou em seu artigo que as características do Lider superam significativamente as de quase todos os navios de guerra existentes, ressaltando os vários sistemas de mísseis e de defesa antimíssil com que poderá ser equipado o navio.
O capitão-de-mar-e-guerra na reserva e analista naval Vasily Dandykin apontou em entrevista ao serviço russo da Rádio Sputnik a peculiaridade do destróier russo que, na opinião dele, "será o poder de fogo principal da Marinha" do país.
O nosso navio Lider se diferenciará [dos navios chineses e norte-americanos] por ter um reator nuclear […] — serão utilizados os reatores que são usados nos nossos quebra-gelos nucleares", disse Dandykin.
Quanto às armas, o futuro navio russo será igual tanto aos chineses como aos estadunidens
es, acredita o analista. Porém, acrescenta, quanto à navegabilidade, o Lider vai até superar os seus análogos estrangeiros.
Segundo Dandykin, a Rússia é uma grande potência naval e precisa de navios deste nível.
"Claro que isso implicará muitas despesas, mas, por outro lado, o desenvolvimento de tecnologias avançadas terá efeitos positivos, inclusive para a economia russa", sublinhou.
Está previsto iniciar a construção do Lider após 2020. Supõe-se que o navio terá 200 metros de comprimento, 20 metros de boca e deslocamento de 17,5 mil toneladas. A embarcação será capaz de atingir a velocidade de 30 nós (55,5 km/h) e terá uma autonomia de 90 dias. o destróier será equipado com cerca de 60 mísseis de cruzeiro antinavio, 128 mísseis guiados antiaéreos e 16 mísseis guiados antissubmarino.

Confira navio de guerra russo 'mais fortemente armado no mundo', segundo mídia americana

O destróier Lider do projeto 23560 da Marinha da Rússia se tornará o "navio de guerra mais fortemente armado no mundo" e se tornará um concorrente digno dos adversários potenciais, avalia a mídia norte-americana.
De acordo com o portal Military Watch, as características avançadas do Lider superam significativamente os parâmetros de quase todos os navios existentes.
Está previsto equipar o destróier com sistemas de mísseis semelhantes aos instalados nos destróieres chineses Type 055, mas com uma exceção: os russos serão mais modernos, informa o portal.
O Lider também poderá ser dotado de uma versão modificada do sistema de defesa antimíssil S-500 Prometey para protegê-lo de mísseis de longo alcance. Ademais, é possível que o navio seja armado com sistemas Pantsir-S1, S-350 Vityaz e Poliment-Redut, especificamente modernizados para a Marinha da Rússia.
"Os destróieres irão portar cerca de 200 lançadores verticais usando o sistema de lançamento 'a frio' [arranque do motor depois da saída do míssil do lançador] para diversos tipos de armas, inclusive antinavio, antissubmarino e antiaéreas", comunica o Military Watch.
Na opinião do autor do artigo, tal armamento terá "importância crucial" para combater ameaças militares modernas no mar e garantirá o êxito dos grupos aeronavais.
No futuro, sublinha o autor, os navios do projeto 23560 poderiam ser equipados com mísseis de cruzeiro Kalibr, mísseis hipersônicos de longo alcance, tais como o Zircon, bem como com a versão modificada do novíssimo míssil Kinzhal. Tudo isso faz com que o destróier seja um projeto com "grandes perspectivas", ressalta o autor.
Seguindo o renascimento da capacidade de combate espacial, aérea e terrestre do exército russo, o Lider irá marcar a recuperação pela Rússia do estatuto de grande potência naval, escreve o Military Watch.
Está previsto iniciar a construção do Lider após 2020. Supõe-se que o navio terá 200 metros de comprimento, 20 metros de boca e deslocamento de 17,5 mil toneladas. A embarcação será capaz de atingir a velocidade de 30 nós (55,5 km/h) e terá uma autonomia de 90 dias.

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