domingo, 22 de julho de 2018

EUA criam grupo para combater ameaça russa no ciberespaço

O Cibercomando dos Estados Unidos criou um grupo de trabalho especial para combater as ações da Rússia no ciberespaço, segundo declarou o chefe do grupo, o general Paul Nakasone.
"Instituí um grupo russo, um grupo pequeno. Seu trabalho está em linha com o que a comunidade de inteligência vem fazendo desde o que ocorreu nos anos de 2016 e 2017", afirmou o militar durante intervenção no fórum de segurança de Aspen, no Colorado.
Segundo Nakasone, que também é o atual chefe da Agência de Segurança Nacional dos EUA (NSA), a Rússia possui grandes capacidades no ciberespaço que precisam ser enfrentadas. 
Os Estados Unidos acusam a Rússia de ter interferido na eleição presidencial de 2016, utilizando hackers para favorecer a campanha do então candidato republicano Donald Trump. Moscou, no entanto, nega qualquer participação em supostos atos, qualificando tais alegações de absurdas.
O presidente russo, Vladimir Putin, disse mais uma vez depois do encontro com o chefe de Estado americano em Helsinque, na Finlândia, que a Rússia não interferiu e nem irá interferir em assuntos internos dos EUA, ao qual sugeriu justamente criar um grupo de trabalho sobre segurança cibernética para debater matérias sensíveis nesse setor.

U-534 Alemão

Levantamento do submarino alemão da Segunda Guerra Mundial U-534 a partir do fundo do mar

Conheça os combates de guerra mais estranhos do século passado

Há vários casos de confrontos militares incomuns na história que aparentemente não deveriam ter acontecido. Um desses casos aconteceu há 75 anos, quando um dirigível norte-americano atacou um submarino alemão na costa da Flórida.
Andrei Kots, colunista da Sputnik, relembrou os duelos mais incomuns do século passado.
Dirigível contra submarino
Em 18 de julho de 1943, um dirigível norte-americano K-74 sobrevoou o Estreito da Flórida em uma missão de rotina. Os norte-americanos usavam essas aeronaves equipadas com radares para patrulhar a costa em busca de submarinos inimigos. Quando detectavam um desses submarinos, a tripulação do dirigível enviava imediatamente as coordenadas do alvo para um avião antissubmarino.
O piloto do dirigível K-74, o tenente Nelson Grills, avistou um submarino alemão durante a noite. Ao lado do submersível, havia dois navios norte-americanos: um petroleiro e um cargueiro. Temendo que o submarino tentasse atacá-los, Grills decidiu neutralizar o inimigo.
O dirigível abriu fogo com metralhadoras pesadas e lançou várias bombas, uma das quais danificou o U-134. O submarino respondeu ao ataque com um canhão de 20 mm que derrubou a aeronave.
A tripulação de dez homens do dirigível sobreviveu e o submarino se retirou rapidamente para reparar os danos. No dia seguinte, marinheiros norte-americanos resgataram a tripulação da aeronave. Todos foram salvos, exceto o mecânico Isadore Stessel — um tubarão o arrastou para a profundidade do oceano minutos antes do resgate.
Helicóptero contra caça
O helicóptero soviético de ataque Mi-24, apelidado de Krokodil (Crocodilo, em português), é reconhecido como uma aeronave eficiente para apoiar a infantaria, destruir tanques e fortificações. Além disso, o Mi-24 venceu várias batalhas contra outros helicópteros.
Mas o duelo mais incrível aconteceu no Líbano. Em 8 de junho de 1982, um Mi-24 sírio atacou um comboio de veículos blindados israelenses. Os israelenses enviaram para o local dois caças Phantom que descolaram do aeródromo mais próximo.
Um helicóptero quase não tem chance de enfrentar um caça. No entanto, quando os dois Phantom chegaram ao local, o piloto sírio fez uma manobra inesperada e disparou vários mísseis R-60 contra os caças. Resultado: um dos caças sofreu danos na parte frontal e o outro foi atingido na asa esquerda.
Tanque contra avião
O tanquista e comandante soviético Aleksandr Fadin realizou muitas proezas com seu tanque T-34, mas o caso mais extraordinário ocorreu no inverno de 1944.
Durante a batalha pela cidade de Dashukovka, Fadin detectou um avião alemão de produção italiana Caproni.
Fadin notou que o Caproni estava voando sobre a estrada ao longo da linha telefónica. A distância padrão entre os postes era de 50 metros. O operador do tanque calculou rapidamente a distância e lançou um projétil contra o avião. Pela primeira vez na história, um avião foi abatido pelo canhão de um tanque.

Por que EUA instalam base militar na Argentina?

"Não só a militar, mas também a política externa dos EUA é cada vez mais manipulada pelo Pentágono", disse a ex-ministra da Defesa da Argentina, Nilda Garré, referindo-se à base militar que o governo de Trump está instalando na província argentina de Neuquén. Ela também falou da tendência regional de usar as Forças Armadas para a repressão interna.
Para a deputada, a política dos EUA é confirmar sua "presença em uma região em que voltam a ter interesse em termos estratégicos".
"O financiamento dessa base é estimado em dois milhões de dólares [cerca de 7,7 milhões de reias]. A província cedeu as terras e o Pentágono o financiamento. Estamos diante de uma instalação militar desnecessária do Comando Sul no território argentino. Isso não é coincidência", afirmou Garré em entrevista à Sputnik Mundo, acrescentando que há governos na América Latina dispostos a permitir que Washington interfira em seus assuntos internos.
Os EUA estão interessados em envolver os países da região nas chamadas guerras híbridas. Como acontece na Venezuela, um país que é uma obsessão para os EUA. O narcotráfico não é mais uma desculpa, mas sim o terrorismo. Essa é a doutrina Trump, da qual se aderiu Mauricio Macri", salientou a ex-ministra.
Por outro lado, Garré referiu-se à tendência de empregar as Forças Armadas em questões de segurança interna, forçando os militares a desempenhar funções policiais.
"As Forças Armadas não têm formação policial, sua missão é aniquilar o inimigo […] No Brasil, além de isso ter sido praticado em atividades na Amazônia, agora foi levado para as favelas do Rio de Janeiro. A guerra contra as drogas, e isso foi dito por Juan Manuel Santos e vários ex-presidentes, incluindo o americano Barack Obama, custou muito dinheiro e fracassou, causando mais violência e aumentando o negócio das drogas", concluiu ela.

Argentina concorda em construir bases norte-americanas em seu território

O presidente da Argentina, Mauricio Macri, aprovou a construção no país de várias bases militares dos EUA, informou no sábado (21) o portal mexicano Aristegui Noticias com referência a fontes informadas.
De acordo com o portal, trata-se de ao mínimo três bases militares a serem construídas nas províncias de Neuquén (onde fica a jazida de gás de xisto Vaca Muerta), Misiones e Tierra del Fuego, de onde se pode controlar a Antártida.
A sua criação deve ser financiada pelo Comando Sul dos EUA. Um dos principais adeptos da criação de bases seria a ministra da Segurança da Argentina, Patricia Bullrich.
Além disso, nota o portal mexicano, a ministra elogiou a chegada ao país de instrutores americanos que efetuam a preparação dos policiais argentinos antes da cúpula do G20 em novembro. Isso viola as atuais leis argentinas, porque é necessário obter a autorização do Congresso para tais ações, algo que não foi feito.

Presidente iraniano: EUA devem saber que a 'guerra com Irã será a mãe de todas as guerras'

No domingo (22), presidente do Irã, Hassan Rouhani, advertiu os Estados Unidos destacando que a paz com o Irã será vital para as políticas de Washington.
O presidente do Irã advertiu o presidente norte-americano, Donald Trump, contra políticas hostis em relação a Teerã, declarando que "EUA devem saber [… ] que a guerra com o Irã será a mãe de todas as guerras".

Mister Trump, não brinque com a cauda do leão, só se irá arrepender", declarou Rouhani, citado pela agência Reuters

.Ontem, o líder supremo do Irã, Ali Khamenei, criticou os EUA, afirmando que é impossível chegar a qualquer acordo com Washington.
As tensões entre o Irã e os EUA se agravaram depois que em 8 de maio Donald Trump anunciou sua decisão de abandonar o acordo nuclear com o Irã e aplicar novas sanções econômicas contra Teerã. Muitos outros países, incluindo a Rússia, a China e a UE, se manifestaram contra a decisão dos EUA e prometeram manter o pacto. O Irã também reafirmou seu compromisso com o acordo, sublinhando que poderá aumentar sua capacidade nuclear caso o entendimento colapse.

Cruzador "Ukrayina", uma boa oportunidade para a Marinha do Brasil?

Adeus a 'stealth': por que tecnologia furtiva dos aviões de combate não funcionaria mais?

A Agência de Investigação de Projetos Avançados do Departamento de Defesa dos EUA (DARPA na sigla em inglês) avisou que a tecnologia furtiva dos aviões de combate já não funciona, sugeriu o analista militar Michael Peck em seu artigo para a revista The National Interest.
"Será que o Pentágono simplesmente admitiu que a tecnologia invisível já não funciona?", é uma pergunta retórica que faz o especialista, citando o recente relatório da DARPA dedicado às tecnologias que serão usadas em futuras guerras.
As plataformas furtivas podem estar se aproximando de seus limites físicos", revelou a agência.
A DARPA também admitiu que "nosso sistema de aquisição enfrenta dificuldades em responder nos prazos de tempo relevantes ao progresso dos adversários, tornando a busca de capacidades de próxima geração simultaneamente mais urgente e mais fútil".
Se for esse o caso, a próxima geração de aviões, os que eventualmente substituirão os aviões furtivos F-22, F-35 e B-2, não serão mais sigilosos que seus predecessores. "Na corrida interminável entre a tecnologia furtiva e os sensores que visam penetrar seu véu, a furtividade pode ter chegado a um beco sem saída", explicou o analista.
"Seria possível atingir os objetivos da Força Conjunta sem limpar o céu dos caças e bombardeiros inimigos e eliminar todas as ameaças de superfície? Será que é possível atingi-lo sem pôr uma plataforma sofisticada e de grande valor e a tripulação em risco […]?", escreve a agência.
A resposta da DARPA poria fim ao tradicional domínio aéreo dos EUA em qualquer guerra: a possível solução que sugere a agência é "ir mais além dos avanços evolutivos em tecnologia furtiva e interromper as doutrinas tradicionais de domínio aéreo/superioridade aérea".
Agora, a DARPA está à procura de outras maneiras de atingir seus objetivos mesmo sem a supremacia aérea, como através de “uma combinação de desempenho esmagador (por exemplo, de mísseis hipersônicos) e números esmagadores (por exemplo, enxames de mísseis de baixo custo)”.
De fato, a agência de pesquisa do Pentágono parece pôr em causa o próprio conceito de um número reduzido de aviões furtivos e caros: como os caças F-22 e F-35 e os bombardeiros B-2.

O ambicioso plano de modernização das forças armadas chinesas