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terça-feira, 19 de dezembro de 2017

Segundo porta-aviões da China é ainda mais crucial para defesa do país

Ao contrário do primeiro porta-aviões chinês, a segunda embarcação foi construída exatamente para suprir necessidades da Marinha chinesa, afirmou o analista militar Kyle Mizokami.
Em artigo publicado no portal Popular Mechanics, o especialista analisou e comparou características dos dois porta-aviões da China.
Liaoning, o primeiro porta-aviões das Forças Armadas da China, foi construído nos estaleiros soviéticos e era conhecido como Varyag. A construção do navio, entretanto, foi interrompida com o colapso da União Soviética, e durante uma década, sua estrutura permaneceu intacta.
Em 1998, o porta-aviões foi comprado pela China, inicialmente por uma empresa privada, que acabou vendendo-o para as Forças Armadas de seu país. O navio foi modernizado e em 2012 entrou em serviço como Liaoning, o primeiro porta-aviões da China.
Pouco tempo depois, a China iniciou construção do seu segundo porta-aviões, o Tipo 001, lançado em abril de 2017 nos estaleiros de Dalian.
Quanto ao tamanho, os dois navios são bastante semelhantes, o segundo porta-aviões é apenas nove metros mais longo do que o seu antecessor. Além disso, ambos pesam entre 55 mil e 60 mil toneladas.
Enquanto o Liaoning tem capacidade para apenas 24 aviões, o Tipo 001 pode levar até 35 aeronaves. A plataforma de lançamento do novo navio tem uma menor inclinação e passou de 14 graus do Liaoning para 12 graus, o que permite aumentar ligeiramente a capacidade de transporte de combustível e armas dos aviões.
De acordo com a mídia chinesa, os próximos porta-aviões do país terão uma nova catapulta eletromagnética para lançamento dos porta-aviões. Anteriormente, Estados Unidos eram os únicos a usar esse tipo de equipamento. Assim, o país planeja melhorar a capacidade de combate da sua Marinha.
Entretanto, a principal diferença entre os dois navios é o seu propósito, sublinhou Mizokami. O Liaoning é destinado ao treinamento de táticas e procedimentos. O navio serve para estabelecer e treinar estratégias, relacionadas às tripulações do convés e para manobras de decolagem e aterrissagem dos aviões para os futuros porta-aviões da China. Por outro lado, o Tipo 001 foi concebido para defender o país e participar de batalhas reais.

EUA: Coreia do Norte é 'diretamente responsável' pelo ataque cibernético 'WannaCry

A Coreia do Norte é "diretamente responsável" pelo chamado ataque cibernético "WannaCry", que atingiu hospitais, bancos e outras empresas em todo o mundo no início deste ano. A declaração é de um alto funcionário da Casa Branca nesta segunda-feira (18).
"O ataque foi generalizado e custou bilhões, e a Coreia do Norte é diretamente responsável", disse o assessor de segurança da Casa Branca, Tom Bossert, citado em uma publicação do Wall Street Journal.
Bossert disse que qualquer um que tenha prejudicado os Estados Unidos será responsabilizado, mas não detalhou as ações específicas que Washington poderia tomar contra Pyongyang, além de dizer que continuaria a prosseguir uma "estratégia de pressão máxima".
O ataque cibernético em massa teve início no dia 12 de maio de 2017. O diretor da Europol, Rob Wainwright, disse na ocasião que o ciberataque afetou usuários em 150 países diferentes.
O vírus WannaCry atingiu mais de 300 mil computadores ao redor do mundo, ameaçando bloquear arquivos de pessoas que não aceitariam fazer pagamentos em até uma semana após a infecção.

Fim da neutralidade da rede é um ataque ao 'acesso democrático', alerta especialista

A decisão do Comitê Federal de Comunicações dos Estados Unidos (FCC na sigla em inglês) de acabar com a neutralidade de rede irá favorecer os mais ricos e é um "ataque ao acesso democrático de todas à uma internet com as mesmas condições", acredita o especialista em direito digital Fernando Stacchini.
Com o fim da neutralidade, as operadoras e provedoras de internet nos Estados Unidos poderão cobrar preços diferenciados de quem consome maiores pacotes de dados. Ou seja, quem acessa serviços de vídeo como YouTube e Netflix pode ter que pagar mais. 
O que é a neutralidade de rede? É a obrigação das operadoras de tratar qualquer pacote de dados, independente da origem, do conteúdo, dos destinos destes pacotes de dados que trafegam pela internet da mesma forma. Ou seja, com a mesma velocidade de internet, o mesmo preço, independente do tipo de conteúdo que a pessoa estiver acessando ou transmitindo", diz Stacchini.
O fim da neutralidade era uma reivindicação antiga dos empresários do setor de telecomunicações.
Já no Brasil, a neutralidade da rede é garantida pela Marco Civil da Internet. Apesar de não descartar a possibilidade de uma mudança na legislação, Stacchini acredita que qualquer tentativa de alterar as regras da internet enfrentaria uma "oposição muito forte".
O fim da neutralidade da rede, acredita o especialista em direito digital, é "um ataque ao acesso democrático de todos à uma internet com as mesmas condições" já que "quem tiver melhores condições financeiras será favorecido ao contratar um pacote de dados com maior velocidade e outras facilidades, o que não é justo".