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sexta-feira, 27 de outubro de 2017

Seul revela plano de ataque à Pyongyang com enorme barragem de mísseis em caso de guerra

Em meio ao aumento de tensões na península da Coreia, a Coreia do Sul revelou a nova estratégia de ataque para os próximos 3 anos, informa o portal The Drive.
O exército sul-coreano incluiu o conceito de um ataque de mísseis em um relatório ao Comitê da Defesa da Assembleia Nacional do país como parte da auditoria anual. A estratégia, que conta com a aquisição de novos mísseis balísticos surge como parte do novo plano de modernização que também inclui o reforço das capacidades de forças terrestres convencionais através da modernização do seu equipamento militar e da criação de unidades especiais adicionais. 
De acordo com o relatório, o objetivo principal do novo plano de ataque de mísseis de três etapas é muito semelhante ao existente Kill Chain da Coreia do Sul – mostrar ao regime de Kim Jong-un a possibilidade de perder rapidamente a maioria de seus mísseis e armas nucleares. 
"Vamos utilizar estes três tipos de mísseis durante o primeiro golpe de ataque de mísseis e concentrá-los durante a fase inicial de guerra para destruir os equipamentos de artilharia de longo alcance norte-coreana e os mísseis localizados em áreas operacionais de mísseis balísticos", diz o relatório citado pela The Korea Herald, informa o The Drive.
Trata-se de 3 mísseis sul-coreanos. Um míssil balístico de curto alcance Hyunmoo-2, desenvolvido na própria região e de dois mísseis táticos do tipo terra-terra KTSSM I e II que ainda estão em desenvolvimento. 
A Coreia do Sul planeja fornecer estas armas para o exército em 2019. O Hyunmoo-2 e o KTSSM-I que possuem um alcance operacional de até 120 km atacarão os túneis norte-coreanos, enquanto o KTSSM-II será utilizado para destruir as artilharias antiaéreas e limpar os locais onde ficam os mísseis de curto alcance.  
A publicação acrescenta que não fica claro se este ataque prova ser efetivo, mas o exército sul-coreano afirmou que está confiante na possibilidade de destruir os equipamentos de artilharia norte-coreana que ficam na linha de frente, mas não afirmam esta avaliação para os mísseis balísticos ou para as armas nucleares da Coreia do Norte. 

Cientista político: vitória de Temer na Câmara extrapola limites da ausência de ética

A vitória de Michel Temer e de seus ministros Eliseu Padilha (Casa Civil) e Moreira Franco (Secretaria da Presidência) na Câmara dos Deputados ultrapassa os limites da ética. Quem diz isso é o cientista político Antonio Marcelo Jackson em entrevista à Sputnik Brasil, um dia após o presidente derrubar a segunda denúncia que pesava contra ele.
Também historiador e professor do Departamento de Educação e Tecnologias da Universidade Federal de Ouro Preto, em Minas Gerais, Jackson vê procedência nos argumentos da oposição de que a vitória de Temer foi obtida à custa de "compra de votos" e "venda de leis e portarias", como foi denunciado por muitos. 
Na última quarta-feira, 25, por 251 votos contra 233, 2 abstenções e 25 ausências, a Câmara dos Deputados decidiu pela aprovação do relatório do deputado Bonifácio de Andrada (PSDB-MG), recomendando o arquivamento da denúncia do ex-Procurador Geral da República, Rodrigo Janot, contra Michel Temer e seus dois ministros por organização criminosa e obstrução da justiça. O relator considerou a denúncia inepta e sem fundamento jurídico, sendo seguido por 251 dos seus pares.
Os dias que antecederam a votação foram marcados por intensas reuniões de Michel Temer, seus ministros mais próximos e diversos parlamentares, boa parte deles contemplada com generosas verbas para atender às emendas propostas ao Orçamento. Cálculos iniciais avaliaram essas verbas em 12 bilhões de reais, cifra posteriormente corrigida para 32 bilhões de reais. Mas, afinal, quanto custou a segunda vitória de Michel Temer na Câmara dos Deputados? É o que responde Antonio Marcelo Jackson:
"Em relação aos nossos bolsos, custou uma verdadeira fortuna. A quantidade de verbas liberadas para emendas [parlamentares] extrapola os limites da ausência de ética. Maquiavel, quando citou há mais de 500 anos que a política é praticada com ausência de ética, queria dizer o seguinte: 'Olha, eu acredito em tal coisa e, quando eu for votar alguma coisa, eu negocio isso em troca de alguma outra ideia ou de vocês aprovarem uma proposta minha'. Em suma, o que aconteceu foi isso."
Antonio Marcelo Jackson também opinou se, com esta segunda vitória consecutiva na Câmara, o presidente ficará refém das bancadas que lhe asseguraram o triunfo:
"Esse nosso modelo de presidencialismo de coalizão torna o Presidente da República refém do Congresso Nacional. Agora, ser refém e se aliar a uma falta de escrúpulos é uma outra história. Porque refém do Congresso o Collor foi, Fernando Henrique foi, o Lula foi e a Dilma foi. Mas o que vem acontecendo é outra coisa. Temos aí a questão das reformas em tramitação no Congresso. E como elas vêm sendo tratadas entre os poderes Executivo e Legislativo? Simplesmente, pela compra de votos. E o que isso significa? Que este governo já não tem credibilidade alguma junto à população. Mas para parte desse Congresso Nacional isso não importa, pois ele apoia o governo, ainda que o número desses apoiadores esteja diminuindo."
Sobre a possibilidade de a decisão dos deputados influenciar o voto da população nas eleições gerais de 2018, o especialista destaca o argumento da irracionalidade do voto, muito recorrente na Ciência Política. Segundo ele, o eleitor vota, literalmente, em qualquer coisa, devido à "memória tradicionalmente curta que ele possui".
"Então, isso significa que os congressistas agem de acordo com suas conveniências. Por exemplo, a imprensa está registrando que Michel Temer vem registrando um decréscimo no número de seus apoiadores no Congresso. E por que isso está acontecendo? Por divergência política? Tão somente por mero interesse de quem pretende se reeleger no próximo ano e/ou eleger seus candidatos. E os demais que mantêm apoio estão contando com a já citada irracionalidade do voto. É bem verdade que, quando chegarmos a maio/junho do ano que vem, a conversa será diferente. Mas, até lá, o que nós vamos ter, lamentavelmente, é esse cenário: um grupo de deputados federais que, desde o ano passado, concluiu que não precisa mais representar a sociedade e, com a distância das eleições, tem a certeza de que podem fazer qualquer coisa. E, por outro lado, temos o Sr. Michel Temer ciente de que pode contar com isso."  
Com o arquivamento da denúncia contra Michel Temer, Eliseu Padilha e Moreira Franco, o Supremo Tribunal Federal não poderá conhecer o documento e o processo contra os três denunciados ficará suspenso até o final do mandato, em 31 de dezembro de 2018. A partir de 1 de janeiro de 2019, ficarão no entanto sujeitos à apreciação do feito pela Justiça de Primeiro Grau, a chamada Justiça Comum, se a partir daquela data não tiverem mais prerrogativa de foro ou foro privilegiado.

Mídia: Rússia não precisa de espiões para ter acesso às tecnologias militares dos EUA

Moscou pode roubar segredos dos EUA não só com a ajuda de agentes secretos, mas também com a de homens de negócios norte-americanos, informa o The Daily Beast.

De acordo com o publicado, isso foi comprovado após o último processo judicial contra os funcionários da empresa norte-americana Arc Electronics, que foram declarados como culpados de entregar "as tecnologias secretas" para as unidades militares russas. 

A Rússia não só utiliza espiões para roubar os segredos. De vez em quando este trabalho sujo é feito por simples homens de negócios norte-americanos", escreve o The Daily Beast.  

O Tribunal Federal do Brooklyn sentenciou duas meninas acusadas de ter ajudado seu chefe Aleksandr Fishenko, que "contrabandeia" o equipamento estratégico para a Rússia. 

Fishenko proprietário da empresa Arc Electronics que produzia semáforos, mas de fato, de acordo com a edição "exportava produção de alta tecnologia" para o exército e os serviços especiais russos.
Além disso, de acordo com a publicação, os funcionários de Fishenko compraram microchips de empresas norte-americanas, utilizados na criação de sistemas de radar e de vigilância. De acordo com a edição, a Rússia recebeu as tecnologias no valor de 50 milhões de dólares durante 10 anos. 
Entretanto a edição reconhece que os EUA também têm uma "experiência grande em roubar os segredos tecnológicos". Assim o engenheiro Adolf Tolkachev, antes de sua prisão, entregou a informação sobre as novidades técnicas para a CIA.
O Tribunal Federal sentenciou Fishenko a dez anos de prisão enquanto as mulheres receberam liberdade condicional. 

Preferia ser amigo de Putin': britânicos comentam lançamentos de 4 mísseis por Moscou

Várias mídias britânicas publicaram matérias dedicadas ao lançamento de quatro mísseis balísticos intercontinentais, que suscitaram discussões ativas nas caixas de comentários dos artigos.

As matérias, publicadas pelo MirrorDaily Mail e The Sun, indicam, entre outras coisas, as caraterísticas do míssil inovador RS-28 Sarmat. Alguns usuários ficaram impressionados com a potência das armas russas.

Basta um míssil para destruir todo o Reino Unido, e eles têm 10 mil destes. É por isso que nunca nos tomarão a sério", escreveu o usuário britânico ThePatriot.
Neste contexto, vários usuários criticaram as ações dos políticos ocidentais.
"Para que precisa a Rússia de destruir o Reino Unido? Será que eles precisam de nossa dívida de 1,5 trilhões?", ironiza o internauta no one.
"Entretanto, a União Europeia continua provocando e pressionando o Leste, tentando influenciar e desestabilizar a Ucrânia. Irritar o urso é uma política completamente estúpida […]", escreveu o usuário Rex.
"Putin não é um idiota, preferia ser seu amigo e não inimigo", afirma Mr European de Londres.
Há algumas pessoas que duvidam das capacidades dos mísseis russos.
"Enquanto eles não ativarem uma ogiva para provar que esta funciona, suas afirmações não valem de nada. […] Todos sabemos que a Rússia tende a exagerar seus êxitos", duvidou GHynson.
Muitos internautas apelaram a manter a paz.
Destruição mútua de dois países é o caminho rumo à eliminação de um planeta tão lindo", comenta MentoMan.
Caso a Rússia permita a liberação de tão grande quantidade de radiação sobre o Reino Unido, esta vai se espalhar por todo o planeta em poucas semanas, causando um dano irreparável", nota New World Border de Liverpool.
Na quinta-feira passada (26), a Rússia realizou um exercício com forças nucleares estratégicas, durante o qual foi lançado um míssil balístico intercontinental Topol a partir do cosmódromo de Plesetsk.
Além disso, um submarino nuclear da Frota do Pacífico também lançou, de forma simultânea, dois mísseis balísticos das águas do mar de Okhotsk em direção ao polígono de Chizha, em Arkhangelsk, enquanto outro submarino nuclear, da Frota do Norte, disparou um míssil balístico do mar de Barents contra o polígono de Kura.

Ninguém sabe o que se passa nas agências de inteligência dos EUA'

Quando se trata da capacidade dos serviços de inteligência dos EUA de recolher, guardar e analisar os dados de qualquer pessoa a qualquer hora, de fato, nada pode pará-los. Vigiar o que alguém está fazendo dentro das agências de inteligência, contudo, é totalmente diferente.

Os comitês de inteligência do Congresso, a Lei de Vigilância de Inteligência Estrangeira (FISA, na sigla em inglês) e "até mesmo a administração não têm controle real do que se passa dentro das agências de inteligência. Eles não conseguem verificar o que estão fazendo; trata-se de um problema real, pois até os diretores podem não saber o que está se passando", comentou o ex-oficial da Agência de Segurança Nacional (NSA, na sigla em inglês), Bill Binney à Sputnik Internacional

.Quanto ao uso do governo norte-americano de empreiteiros para facilitar suas operações, o ex-ativista Barrett Brown disse à Sputnik Internacional em março que "há muito acontecendo nessas empresas contratuais, tanta compartimentação que nem uma pessoa sequer sabe exatamente o que se passa nos dias atuais".

Nesta semana, o Comitê de Inteligência do Senado aprovou a Seção 702 da Lei de Vigilância de Inteligência Estrangeira. A lei "autoriza mais uma vez nossas autoridades nacionais mais valiosas de inteligência e garante que homens e mulheres da comunidade de inteligência e as agências legais possam executá-la para garantir a segurança", declarou em outubro o senador Richard Burr.

A autorização repetitiva da lei é um mero teatro, porque as agências de inteligência têm capacidades de contornar a lei de qualquer modo, disse Binney. "Vocês podem escrever qualquer número de lei: as agências podem violá-las", pois o Congresso desconhece de fato o que acontece dentro das agências de inteligência, declarou o analista.
Primeiramente, a lei foi assinada pelo presidente norte-americano Ronald Reagan em 1981. A ordem requer que as agências federais cumpram com os pedidos da Agência Central de Inteligência. Uma disposição da lei, por exemplo, permite recolher a informação "que pode violar as leis federais, estatais, locais e estrangeiras". Em outras palavras, dá direito aos serviços de inteligência de violar a lei, independentemente de quem a adotou.
Nesta semana, os senadores Ron Wyden e Rand Paul introduziram a Lei de Direitos, que foi descrita pela Fundação das Fronteiras Eletrônicas como "reforma mais compressiva da Seção 702". A lei vai dificultar o recolhimento de dados de companhias provadas pelo governo.
Binney não acredita que tal medida possa acabar com a maciça espionagem interna. "Por exemplo, agora e nos últimos 16 anos", a comunidade de inteligência dos EUA "tem violado os direitos dos cidadãos norte-americanos. Bem, se eles podem fazer isso, e simplesmente mudam a lei, então, é isso que continuarão fazendo".