SEGURANÇA NACIONAL SNB BRASIL

segunda-feira, 9 de outubro de 2017

General Atomics MQ-9 Reaper, o drone caçador

Juros no Brasil são pornográficos? O presidente do BNDES diz que sim

Durante reunião na Câmara Árabe-Brasileira, em São Paulo, o presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Paulo Rabello de Castro, fez um discurso incisivo contra as taxas de juros no Brasil e diversos economistas que defendem a redução do papel do banco de fomento na indução do desenvolvimento do país.
"A única coisa que não cai é o juro real. A TJLP — Taxa de Juros de Longo Prazo, que norteia os financiamentos do banco — se esqueceu de cair, continua nos 7%." Após classificar os juros elevados de "pornografia econômica", Rabello de Castro voltou a disparar: "Queremos mais moralidade no Brasil? Comecemos pelos juros. Às vezes, a imoralidade veste terno e gravata. País de juro alto não tem direito a futuro."
Ouvida pela Sputnik Brasil, Juliana Inhasz, professora de Economia da Fundação Escola de Comércio Álvares Penteado (FECAP), admite que os juros reais no Brasil estão de fato elevados, mas não a ponto de serem classificados de "pornográficos". Segundo ela, as taxas elevadas são ainda reflexo do momento de recuperação econômica, ainda incipiente, e de fatores como elevado desemprego, alto endividamento das famílias e incertezas quanto ao quadro político e econômico.
"Temos uma taxa elevada, mas nossa condição macroeconômica ajuda bastante a explicar porque isso acontece. A gente passa por um processo de reorganização das contas (públicas)", explica a professora da FECAP, observando que o grande déficit do governo obriga a União a emitir papeis para se financiar, puxando com isso as taxas de juros. Hoje a Selic (taxa básica de juros da economia) está em 8,25%, após iniciar o ano em 13%, e projeções do mercado financeiro indicam que fechará o ano por volta de 7%.
Ranking elaborado pela MoneYou e pela Infinit Asset Management aponta o Brasil no terceiro lugar dos juros reais mais elevados do mundo, com taxa de 3,71%, atrás de Turquia (3,93%) e Rússia (4,59%). Segundo Juliana, a redução dos juros já se desenhava desde o ano passado, assim como a de inflação, que também cedeu bastante — o índice de setembro, medido pelo IPCA de 0,19%, o menor desde 1989.
A gente teve queda de taxas de inflação combinadas com essa redução da taxa de juros nominal. Realmente nosso juro real hoje é elevado. E por que isso acontece? Porque o Brasil ainda hoje é um país muito arriscado, uma economia que tem déficit, que precisa se financiar com dívida pública, crescente ao longo dos últimos anos numa velocidade bem alta. Esse financiamento acaba fazendo com que a gente tenha que pagar mais", analisa Juliana.
Estudo divulgado nesta sexta-feira pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e pela Confederação Nacional dos Dirigentes Lojistas (CNDL) revela que 50% dos tomadores de empréstimos hoje no Brasil têm parcelas em atraso. Com os bancos cautelosos na concessão de crédito, muitas vezes os tomadores de financiamentos acabam recorrendo a financeiras, que chegam a cobrar 24% ao mês. Para Juliana, a dificuldade de crédito nos bancos é fruto de dois fatores: medo da inadimplência e concentração de mercado.
"A saída seria a gente tentar colocar nossas contas em ordem. A massa salarial foi caindo muito, as pessoas ficaram mais endividadas e, num momento de crise, esse endividamento leva a um aumento da inadimplência. Bancos e financeiras cobram valores realmente elevados, porque temos um sistema financeiro muito concentrado, o consumidor não consegue escapar de quatro grandes brancos, que acabam dominando por parte desse sistema", finaliza Juliana, acrescentando que boa parte da baixa oferta de crédito se deve também à reduzida demanda por títulos bancários, que acabam por alimentar e permitir a concessão de financiamentos.

Grã-Bretanha elabora plano de combate no caso de guerra com Coreia do Norte

A Grã-Bretanha está alegadamente se preparando para a possibilidade de uma guerra com a Coreia do Norte, frente às preocupações crescentes de que mais um teste de míssil possa provocar uma resposta militar dos EUA, informa o The Telegraph.
A atividade da Coreia do Norte está sendo atentamente acompanhada em meio de receios quanto a mais um possível teste de míssil de longo alcance na terça (10) para marcar o aniversário da fundação do partido norte-coreano no poder.
A retórica belicosa de Donald Trump aumentou as tensões na região nos últimos anos, forçando os militares britânicos a elaborem planos para o caso de desencadeamento de hostilidades, comunicou o The Telegraph.Entre os planos revelados pelo Daily Mail está o envio do porta-aviões mais recente da Marinha, o HMS Queen Elizabeth.
Temos muitos navios para enviar…os destróiers Type-45, fragatas Type-23. O novo porta-aviões britânico pode entrar em serviço antecipadamente se as coisas piorarem", comunicou uma fonte de Whitehall ao jornal.
O secretário de Defesa britânico Michael Fallon anunciou na semana passada que o Reino Unido deve aumentar os gastos militares devido à ameaça crescente de países como a Coreia do Norte. No mês passado ele mesmo precisou que a Grã-Bretanha enfrenta a ameaça do programa de mísseis nucleares de Pyongyang.
O presidente norte-americano insinuou no domingo (08) quanto a uma ação militar contra o regime de Kim Jong-un, dizendo que "só uma coisa pode funcionar" em lidar com o país.  Anteriormente ele tinha declarado que os EUA "vão destruir totalmente a Coreia do Norte" se for necessário. 

Residentes de cidade alemã revelam como Putin viveu no país sendo agente da KGB (FOTOS)

Vladimir Putin, presidente da Rússia, viveu cinco anos na Alemanha quando ainda era um jovem major na KGB, principal organização de serviços secretos da União Soviética. Para celebrar seu 65º aniversário, Sputnik viajou para a cidade alemã de Dresden com o fim de descobrir mais sobre esse período da vida do líder russo.
Nosso percurso "atrás das pegadas de Vladimir Putin" começa na rua Radeberger, número 101. Aqui, no terceiro andar de um prédio residencial, Putin recebeu um apartamento de dois quartos para morar com sua família.
Putin foi enviado a Dresden em setembro de 1985, com 33 anos de idade. Um ano depois, chegaram sua esposa e sua filha mais velha, Maria. A filha mais nova, Ekaterina, já nasceu na Alemanha, recorda Renate, uma vizinha que morava na mesma rua.
Rua Radeberger, número 101, onde residiu Vladimir Putin e sua família entre 1985 e 1990
© SPUTNIK/ PAUL LINKE
Rua Radeberger, número 101, onde residiu Vladimir Putin e sua família entre 1985 e 1990
"Eles eram uma família como outra qualquer, estavam frequentemente no pátio… Naquela época, era natural que grande parte da vida pessoal dos moradores se dava no pátio. Nós sempre os víamos em encontros familiares, churrascos. No resto, Putin era mais discreto, então as pessoas não sabiam muito sobre sua vida privada ", disse Renate à Sputnik Alemanha.
No entanto, as pessoas locais não gostam muito de lembrar esse período. A cinco minutos do prédio onde Putin residia, na rua Bautzener, anteriormente se situava o departamento de administração regional da Stasi, o Ministério para a Segurança do Estado da República Democrática Alemã, que era uma entidade com uma reputação semelhante à da própria KGB soviética.
O edifício na rua Bautzener onde anteriormente se situava o departamento de administração regional da Stasi, o Ministério para a Segurança do Estado da República Democrática Alemã
© SPUTNIK/ PAUL LINKE
O edifício na rua Bautzener onde anteriormente se situava o departamento de administração regional da Stasi, o Ministério para a Segurança do Estado da República Democrática Alemã
Em uma das salas do museu memorial, que substituiu a entidade secreta no mesmo edifício, se pode ver Putin em uma foto com funcionários da KGB e da Stasi. É possível identificar claramente o atual líder russo e Horst Boehm, na época o diretor regional da Stasi em Dresden.
Em um prédio na rua Angelika, o número 4, Putin, além de obter informações para a KGB, também recrutou pessoal para os serviços secretos soviéticos.
Em 5 de dezembro de 1989, cerca de 5.000 manifestantes ocuparam o centro de detenção preventiva e o próprio escritório regional da Stasi e forçaram o general Horst Boehm a demitir-se.
Alguns dos manifestantes tentaram assaltar a mansão que abrigava a unidade da KGB. Herbert Wagner, diretor do memorial na rua Bautzener, testemunhou o evento e falou com a Sputnik sobre o acontecido.
Antigo edíficio da KGB em Dresden, ex-lugar de trabalho de Vladimir Putin
© SPUTNIK/ PAUL LINKE
Antigo edíficio da KGB em Dresden, ex-lugar de trabalho de Vladimir Putin
De acordo com Wagner, um grupo de pessoas deixou o prédio da Stasi com o objetivo de atacar o escritório da KGB. A testemunha revelou que ele estava preocupado com as possíveis consequências de tal ação e, portanto, advertiu os manifestantes para terem cuidado com suas decisões.
Ao chegar ao edifício da KGB com intenção de assaltá-lo, a multidão foi recebida por Vladimir Putin e seus colegas armados. O presidente, que na época era tenente-coronel da KGB, recordou às pessoas que o lugar era um estabelecimento militar soviético.
Putin, de acordo com seu próprio testemunho, explicou que, no caso de um "atravessamento de fronteira" ilegal, os agentes da entidade poderiam recorrer ao uso de armas. A multidão se retirou, mas a unidade da KGB em Dresden foi dissolvida após o incidente.
A foto dos funcionários da KGB e da Stasi, onde Vladimir Putin aparece segundo desde a esquerda
© SPUTNIK/ PAUOL LINKE
A foto dos funcionários da KGB e da Stasi, onde Vladimir Putin aparece segundo desde a esquerda
Em seus tempos livres, Putin frequentava um restaurante chamado Am Thor, localizado na praça Albertplatz.
Um velho garçom, que durante muitos anos trabalhou no estabelecimento, disse que Putin gostava de uma cerveja Radeberger, apesar de ele não beber com frequência.
O restaurante Am Thor em Dresden
© SPUTNIK/ PAUL LINKE
O restaurante Am Thor em Dresden
O restaurante continua funcionando até hoje e alguns fregueses dizem que reconheceram Putin imediatamente quando a televisão alemã o mostrou em 1999, quando se tornou presidente interino do país após a renúncia de Boris Yeltsin.
Um pequeno canto no restaurante Am Thor faz lembrar que o presidente russo era muito bem-vindo no estabelecimento
© SPUTNIK/ PAIL LINKE
Um pequeno canto no restaurante Am Thor faz lembrar que o presidente russo era muito bem-vindo no estabelecimento
Aqui termina a nossa viagem à Dresden de Putin. Poderá o líder russo ainda se lembrar de todas aquelas pessoas que conviveu com ele na Alemanha? Em qualquer caso, os moradores de Dresden lhe desejam "saúde", "estabilidade para a Rússia" e "o sol brilhe sempre" em sua vida por ocasião do seu 65º aniversário.

Revelado o que pode pôr mundo à beira da guerra nuclear

Ex-secretário da Defesa dos Estados Unidos, William Perry, nomeia os perigos que existem no mundo moderno e indica fatores que podem provocar a guerra nuclear.
Início de uma guerra nuclear pode ser provocado tanto por fator humano, como por mau funcionamento de sistemas de alerta antimíssil, acredita o ex-secretário da Defesa dos Estados Unidos, William Perry, no âmbito do Fórum Internacional de Luxemburgo para prevenir catástrofe nuclear.
No mundo moderno, o perigo de catástrofe nuclear é muitas vezes mais elevado. Uma das razões que podem provocar um conflito nuclear pode ser um erro humano ou um possível mau funcionamento de sistemas de alerta antimíssil que estão ao dispor dos EUA e da Rússia", declarou na segunda-feira (9) William Perry.
Segundo o ex-secretário da Defesa, nos anos da Guerra Fria, três incidentes semelhantes tiveram lugar. Nessa conexão, ele lembrou sobre os eventos que ocorreram nos EUA em 1979 e na União Soviética em 1982.
Quanto aos Estados Unidos, naquele ano teve lugar o lançamento imediato de 200 mísseis balísticos intercontinentais simultaneamente. Mais tarde se revelou que o sistema funcionava sem problemas e que isso foi um erro do operador.
"Naquele momento, só graças ao [então] presidente [dos EUA] se conseguiu evitar o início da guerra nuclear, para tomar a decisão foram precisos cerca de dez minutos", sublinhou.
De acordo com suas palavras, um caso semelhante ocorreu na União Soviética em 1982, mas a catástrofe também foi evitada.
Considerando o perigo que existia e continua permanecendo, Perry expressou suas "profundas preocupações" em meio às relações atuais entre os EUA e a Rússia. Em sua opinião, Washington tem mais responsabilidade pela escalada das tensões nessas relações.
No entanto, ele está preocupado com as "ações da Rússia nessa área". "A Rússia, é o único país, capaz de causar danos aos EUA. Será que esquecemo-nos das despesas da corrida armamentista na esfera nuclear?", o especialista faz uma pergunta retórica.
Entretanto, o ex-secretário da Defesa dos Estados Unidos nomeou três novas ameaças ligadas à proliferação de armamento nuclear que não havia durante a Guerra Fria: terrorismo nuclear, possibilidade de uma guerra nuclear regional entre a Índia e o Paquistão e um conflito nuclear com participação da Coreia do Norte.

Pentágono diz que exército dos EUA deve garantir opções militares para Coreia do Norte

O secretário de Defesa dos EUA, James Mattis, comentou a posição do Pentágono sobre a questão da Coreia do Norte nesta segunda-feira (9).
O secretário de Defesa dos EUA, James Mattis, afirmou nesta segunda-feira (9) que, apesar dos EUA estarem envolvidos em esforços diplomáticos e com a política de sanções, o exército norte-americano deve ter garantias de caráter militar para lidar com a crise da Coreia do Norte. "O exército dos EUA deveria estar pronto para garantir que nós tenhamos opções militares para o nosso presidente poder empregar se necessário", disse Mattis aos ser perguntado sobre a estratégia da Pentágono em relação à Coreia do Norte.
Ele enfatizou que, atualmente, Washington recorre à diplomacia, acrescentando que o Conselho de Segurança da ONU votou duas vezes seguidas de forma unânime a favor da imposição de sanções mais fortes contra Pyongyang por conta de seus lançamentos de mísseis balísticos e nucleares.
"A Coreia [do Norte] está em nossas mentes, e vocês sabem que há um motivo", acrescentou o secretário de Defesa.

Manobrável e potente: Rússia testa seu robô de combate e de reconhecimento Vikhr

Os testes do robô russo Vikhr, desenvolvido na base do blindado de combate de infantaria BMP-3, estão sendo realizados na região de Moscou.
Guiado através de um joystick, o blindado de 14,7 toneladas mostra como pode superar os obstáculos e cumprir os objetivos colocados. 
O Vikhr é dotado de um sistema que detecta os alvos graças a um drone que acompanha o blindado no campo de batalha. 
O robô é equipado com o sistema de combate ABM-BSM-300, inclui 4 drones Chassovoi (Sentinela), uma plataforma robótica móvel e sistemas de comando e de comunicação, indicou o Ministério russo da Defesa. 
O Vikhr foi mostrado pela primeira vez no fórum internacional Exército 2016. Ele se destina a cumprir missões de combate por meio de sistemas robotizados, sem pôr em perigo as vidas de soldados. 
O módulo de combate Vikhr pode ser dotado de canhões de 30 mm e 57 mm, de uma metralhadora de 7,62 mm e de 6 mísseis antitanque Kornet-M. A torre do robô pode girar em 360 °. Os engenheiros russos querem equipá-lo ainda com um lança-granadas automático AGS-17, com mísseis antiaéreos Igla e Verba e outros tipos de armas. 

'Assassinos de porta-aviões' russos são capturados em flagrante (VÍDEO)

Os navios russos equipados com armas múltiplas são capazes de destruir não um alvo só, mas sim um grupo inteiro de navios.
Mísseis de cruzeiro antinavio P-500 Basalt e P-700 Granit foram disparados por dois navios da Marinha da Rússia.
O canal de televisão russo Zvezda (Estrela) partilhou as imagens que mostram lançamentos de mísseis de cruzeiro supersônicos antinavio que foram realizados, nesta segunda-feira (9), por navios da Frota do Pacífico da Marinha russa no âmbito de treinamentos no mar de Okhotsk.
Segundo o jornal russo Rossiyskaya Gazeta, durante as manobras o cruzador de mísseis guiados russo Varyag disparou um míssil P-500 Basalt, destinado à destruição de grupos de navios, em particular, porta-aviões.
Ao mesmo tempo, o submarino nuclear Tomsk lançou um míssil P-700 Granit, conhecido coloquialmente como "assassino de porta-aviões".
A arma principal do Varyag são seus 16 mísseis de cruzeiro antinavio P-500 Basalt, que podem corrigir sua rota durante o voo obtendo dados via satélite. O Basalt pode ser equipado com uma ogiva explosiva de 1.000 kg de carga ou uma ogiva nuclear de 350 quilotons.
O submarino russo Tomsk, por sua vez, é capaz de transportar mais mísseis de cruzeiro que qualquer navio da Marinha da Rússia: em total, pode ser equipado com 24 mísseis antinavio P-700 Granit, capazes de atingir alvos de superfície à distância máxima de 650 km.
Estes mísseis são guiados por sistema de satélite e podem se conectar em rede para transmitir informação sobre o alvo e atacá-lo desde vários ângulos.
"Apesar de o 'inimigo' ter ativado suas contramedidas eletrônicas, os mísseis [o P-500 Basalt e o P-700 Granit] atingiram com sucesso seu alvo designado", destaca o serviço de imprensa do Ministério da Defesa da Rússia.