SEGURANÇA NACIONAL SNB BRASIL

quarta-feira, 9 de agosto de 2017

Coreia do Norte miniaturizou ogivas nucleares, diz relatório dos EUA

De acordo com documento secreto datado de 28 de julho obtido pelo jornal ‘The Washington Post’, regime de Kim Jong-un conseguiu cruzar o ‘limiar-chave’ para se tornar uma nação nuclear plena; país teria até 60 armas nucleares

WASHINGTON – A Coreia do Norte conseguiu miniaturizar com sucesso uma ogiva nuclear capaz de ser transportada por um de seus mísseis, cruzando um limiar-chave no caminho para se tornar uma nação nuclear plena, concluíram funcionários de inteligência dos EUA. A avaliação está em um documento confidencial obtido pelo jornal The Washington Post.Esta nova análise, concluída no mês passado pela Agência de Inteligência de Defesa (DIA, na sigla em inglês) foi revelada junto com outra avaliação da inteligência que aumentou bruscamente a estimativa oficial do número total de bombas no arsenal atômico do país comunista: agora, os EUA dizem que até 60 armas nucleares estão sob controle de Kim Jong-un – número que especialistas independentes acreditam ser bem menor.
Essas conclusão devem aprofundar ainda mais a preocupação de Washington em relação à evolução militar da Coreia do Norte, que parece avançar em um ritmo muito mais rápido do que a maioria dos especialistas previa. Funcionários do governo americano concluíram que Pyongyang também está superando as expectativas em seus esforços para construir um míssil balístico intercontinental capaz de atingir cidades no continente americano.
Apesar de fazer mais de uma década desde que a Coreia do Norte realizou seu primeiro teste nuclear, muitos analistas acreditavam que levaria vários anos até que os cientistas do país pudessem projetar uma ogiva compacta que pudesse ser carregada por um míssil a alvos distantes. Mas estas novas informações de inteligência, datadas de 28 de julho, indicam que este marco crítico já foi alcançado.
“A Comunidade de Inteligência concluiu que a Coreia do Norte produziu armas nucleares para transporte por míssil balístico, incluindo armas transportadas por mísseis intercontinentais (ICBM)”, diz o texto do governo americano ao qual o jornal teve acesso. As conclusões gerais da avaliação foram confirmadas ao diário por duas fontes que tiveram acesso ao documento. Ainda não se sabe se o regime já testou essa arma com design reduzido – algo que desde o ano passado o país alega ter feito.
Uma outra avaliação feita nesta semana pelo Ministério da Defesa do Japão também conclui que as evidências sugerem que a Coreia do Norte conseguiu realmente concluir a miniaturização de ogivas nucleares. A DIA e o escritório do Diretor Nacional de Inteligência do EUA não quiseram comentar as afirmações do Post.Aposta
Os analistas concluíram que Kim Jong-un aposta cada vez mais na confiabilidade de seu arsenal nuclear, o que poderia explicar as recentes atitudes desafiadoras do ditador, incluindo testes de mísseis que provocaram críticas até mesmo do seu aliado mais próximo, a China.
No sábado, tanto Pequim quanto Moscou se juntaram aos outros membros do Conselho de Segurança da ONU e aprovaram novas sanções econômicas ao isolado país asiático, incluindo uma barreira para as exportações do país, responsáveis por quase um terço da receita anual de US$ 3 bilhões de Pyongyang.
O avanço do programa nuclear de Kim também aumenta a pressão sobre o presidente americano, Donald Trump, que garantiu que não permitirá que a Corria do Norte possa ameaçar os americano com armas nucleares. Em entrevista exibida no sábado pelo Hugh Hewitt Show, da emissora MSNBC, o conselheiro nacional de segurança H.R. McMaster afirmou que a possibilidade de a Coreia do Norte possuir mísseis nucleares intercontinentais seria “intolerável da perspectiva do presidente (Trump)”.
“Temos que fornecer opções… E isso incluir a opção militar”, disse McMaster. O especialista afirmou, no entanto, que o governo americano faria de tudo para “pressionar Kim Jong-un e os que estão ao seu redor, para que eles concluam que é do interesse deles se desnuclearizar”.
As opções de ação que estariam em avaliação em Washington iriam desde uma nova tentativa de negociação multilateral até o reenvio das armas nucleares americanas para a Península da Coreia, disseram membros do governo com acesso às discussões internas do governo Trump.
Desafio
Determinar com precisão a composição do arsenal nuclear da Coreia do Norte tem sido um desafio difícil para os funcionários de inteligência das potências mundiais, principalmente em razão do sigilo e do isolamento extremos do regime.
Os cientistas do país conduziram cinco testes nucleares desde 2006, sendo o último deles a detonação de 20 a 30 quilotoneladas em 9 de setembro, cuja explosão teria o dobro da força em comparação com a bomba lançada pelos americanos em Hiroshima, no Japão, em 1945.
No entanto, produzir uma ogiva compacta que possa ser carregada por um míssil é uma façanha tecnicamente exigente que muitos analistas acreditavam estar além das capacidades da Coreia do Norte.
No ano passado, a imprensa estatal do regime exibiu na capital, Pyongyang, um dispositivo esférico que um porta-voz do governo descreveu como uma ogiva miniaturizada, mas na ocasião não foi possível determinar se tratava-se de um dispositivo real. O teste conduzido em setembro foi descrito pelas autoridades do país como uma detonação desta ogiva miniaturizada que poderia ser utilizada com um míssil, mas a afirmação foi questionada pela comunidade internacional.
“O que inicialmente se parecia com uma Crise dos Mísseis de Cuba em câmera lenta agora já tem mais a cara do Projeto Manhattan”, disse Robert Litwak, especialista na não proliferação nuclear do Woodrow Wilson International Center for Scholars e autor do livro “Preventing North Korea’s Nuclear Breakout” (Prevenindo a ruptura nuclear da Coreia do Norte, em tradução livre), lançado neste ano pelo centro de estudos. “Há um senso de urgência por trás do programa que é algo novo para a era de Kim Jong-un.”
Enquanto alguns especialistas minimizam o progresso da Coreia do Norte, outros alertaram para o perigo de superestimar a ameaça. Siegfried Hecker, diretor emérito do Laboratório Nacional Los Alamos e o último funcionário dos EUA a inspecionar pessoalmente as instalações nucleares de Pyongyang, calculou o tamanho do arsenal norte-coreano não passe de 20 a 25 bombas. Hecker também advertiu sobre os riscos potenciais de transformar Kim em uma ameaça maior do que ele realmente é.
“O exagero (neste caso) é particularmente perigoso”, disse Hecker, que visitou a Coreia do Norte sete vezes entre 2004 e 2010 e se encontrou com os principais envolvidos no programa de armas do país. “Alguns gostam de retratar Kim como um louco – um demente – e isso faz o público acreditar que ele imparável. Ele não é louco, mas também não é suicida. Ele não é sequer imprevisível.” / WASHINGTON POST
FONTEEstadão

O que os pilotos chineses pensam sobre os seus J-20



Por Henri Kenhmann
Pela segunda vez desde o seu primeiro voo há seis anos e meio, o J-20, a última geração de aviões de combate chineses, ficou oficialmente em frente ao grande público no domingo, 30 de julho, desfilando no Centro de Treinamento de Zhurihe por ocasião do 90º aniversário da fundação do Exército de Libertação Popular da China (PLA).Três aeronaves, pintadas em dois tons digitalizados, voaram pelos céus da Mongólia interior em frente ao presidente chinês XI Jinping e os 12 mil soldados que participaram do desfile militar.
Além das imagens feitas por outras aeronaves, as câmeras instaladas dentro do cockpit do J-20 também enviaram imagens tanto interessantes quanto inéditas.
De acordo com o comentarista do desfile transmitido ao vivo a milhões de telespectadores chineses, o J-20 é “uma aeronave de combate supersônica furtiva de 4ª geração*, capaz de enganar radares (inimigos) e realizar manobras em muito baixas altitudes e destruir inimigos antes mesmo que eles o vejam.”Uma definição oficial que destaca duas das características de aeronaves desse tipo — muito baixa observabilidade e alta manobrabilidade — e também a principal tática do J-20, ou seja, usar sua furtividade para lançar um ataque além do alcance de detecção de aeronaves inimigas.
Mas se esses comentários pareceram algo banais, embora oficiais, os elementos dados por dois pilotos do J-20 que foram entrevistados nos permitirão entender mais este avião previamente mantido em segredo.
“Sua manobrabilidade é muito melhorada em comparação com a aeronave da geração anterior, pode-se dizer que é ágil como um coelho”, disse ZHANG Hao (张昊), piloto de J-20 em fase avançada de treinamento, “seu desempenho no regime subsônico não é ruim, e uma vez no regime supersônico, ele entra em seu reino”.
“Graças aos muitos sensores de bordo da aeronave e à fusão avançada de dados, o nível de automação do J-20 é muito alto”, acrescenta ZHANG, “o campo de batalha tornou-se cada vez mais transparente para nós”.O jovem piloto ZHANG, Tang Hai Ning (汤海宁), diz que os pilotos de J-20 de hoje são capazes de voar em três tipos diferentes de aviões de combate de nova geração.
Hoje, o esquadrão de J-20 também está equipado com outros modelos de caças, como o novo bombardeiro J-16 e o ​​avião de combate J-10C. Esta mistura promove o “brainstorming” dos pilotos, o que torna possível ajustar as táticas de combate aéreo entre si.
Quando TANG fala sobre o J-20 voando nas condições climáticas um pouco peculiares na Mongólia interior, lê-se através de suas palavras que a aeronave é sensível e muito receptiva, forçando os pilotos a manobrar até mais do que o normal.
Além desses testemunhos diretos de pilotos de caça, a reportagem televisiva do desfile também revelou vários detalhes interessantes.O primeiro diz respeito ao capacete utilizado pelos pilotos J-20, que é diferente daqueles atualmente em serviço em outros aviões chineses.
Na verdade, o capacete de proteção leve TK-31 desenvolvido pela subsidiária ALI do fabricante de aviões chinês AVIC, já foi exposto na última exposição de aviação de Zhuhai.
Sabendo que este capacete também é usado por pilotos estudantes que voam em novas aeronaves de treinamento avançado chinesas, como JL-9 e JL-10, é provável que o TK-31 seja apenas o capacete de treinamento do J-20 e não do tipo HMDS, uma tecnologia já amplamente utilizada nos aviões de combate J-10x e J-11x, por exemplo.
Além dos capacetes dos pilotos, também notou-se que os J-20 voando em Zhurihe, o maior centro de treinamento integrado na Ásia com seus 1.066 quilômetros quadrados de área e localizado a 200 km da fronteira da Mongólia, estavam sempre equipados com lentes Lüneberg, projetadas para aumentar significativamente a seção reta radar do avião.Esta é uma medida de segurança, para evitar que a assinatura do radar J-20 seja medida por um terceiro nesta localização muito remota na China, ou uma medida por necessidade, já que o controle de tráfego aéreo não pode detectar a aeronave a uma distância maior?
O último detalhe diz respeito ao campo de visão do piloto do J-20. Como uma aeronave de configuração delta com canards, como o J-10, a primeira comparação não rigorosa mostra que o piloto de J-20 tem um melhor campo de visão para a parte traseira lateral do que o J-10. Isto é devido aos canards que são instalados no mesmo plano que a asa, em forma diédrica ligeiramente positiva para preservar a vantagem aerodinâmica de tal configuração.
Embora o combate WVR (Within Visual Range — Dentro de Alcance Visual) não pareça ser a estratégia preferível do J-20, a visibilidade ainda contribui para a consciência situacional do piloto, e, portanto, a capacidade de sobrevivência como um todo.
(*) A 4ª geração na classificação chinesa equivale à 5ª geração dos EUA e Rússia.
FONTEEast Pendulum /

Certificação é a mais complexa já desenvolvida pela empresa

A Helibras realizou em suas instalações em Itajubá (MG) o segundo voo da campanha de certificação do H225M na versão Operacional Naval. O evento contou com a presença da Autoridade certificadora, o Instituto de Fomento e Coordenação Industrial (IFI), bem como os profissionais da Helibras.
Dentro do escopo analisado pela autoridade certificadora, foi avaliada a integração do sistema de mísseis AM-39 Exocet, feita pela Helibras, a qualidade do voo e o desempenho da aeronave com o armamento instalado. Outros aspectos do Sistema Tático de Missão Naval (NTDMS) serão avaliados em breve para continuidade da certificação completa da aeronave.Durante o evento, foram feitas simulações de disparos do míssil AM-39, utilizando o Sistema Tático de Missão Naval. “Concluímos mais uma etapa importante no processo de certificação dessa versão. Novos voos serão realizados no mês de agosto, desta vez para avaliar outros sistemas presentes na versão Operacional da Marinha”, explica o presidente da Helibras, Richard Marelli.
A aeronave BRA-005 será a primeira em versão operacional a ser entregue para a Marinha em 2018. O helicóptero faz parte do contrato de aquisição de 50 helicópteros H225M (antes denominada EC725) do Programa H-XBR, adquiridas pelo Ministério da Defesa para uso das Forças Armadas brasileiras, que estão sendo produzidas pela Helibras do Brasil, a partir de transferência de tecnologia e de conhecimento que vem ocorrendo desde 2010.
DIVULGAÇÃO/FOTOS: Helibras

China e Rússia devem provar o que vem após o F-35 Stealth Fighter

Os Jatos de Combate da 6ª Geração dos EUA já estão tomando forma

Coreia do Norte reage às ameaças de Trump e cogita 'seriamente' atacar área dos EUA

A Coreia do Norte informou nesta quarta-feira (horário local) que está “examinando cuidadosamente” um plano para atacar com mísseis o território de Guam, área dos Estados Unidos no Pacífico, informou a agência estatal norte-coreana KCNA.
De acordo com um porta-voz do Exército Popular Coreano, o ataque será “implementado de forma multi-corrente e consecutiva em qualquer momento”, tão logo o líder norte-coreano Kim Jong-un tome uma decisão.
Em outra declaração citando um porta-voz militar diferente, a Coreia do Norte também disse que poderia realizar uma operação preventiva se os Estados Unidos mostrarem sinais de provocação.
Guam é um território organizado não incorporado norte-americano na Micronésia, localizado na extremidade sul das Ilhas Marianas, no oeste do Oceano Pacífico. As instalações militares na ilha estão entre as bases americanas de maior importância estratégica no Pacífico Ocidental.
O posicionamento da Coreia do Norte acontece horas após o presidente dos EUA, Donald Trump, ter ameaçado responder com “fogo e fúria” às ameaças norte-coreanas. Na manhã de terça-feira, o regime comunista dizia cogitar medidas “físicas” contra as sanções recentemente aplicadas ao país.
Congressistas criticam Trump
Desafeto de Donald Trump, o senador republicano John McCain afirmou nesta terça-feira que “grandes líderes” não fazem ameças, a não ser que estejam prontos para agir – e ele disse crer este não é o caso do presidente dos EUA.A crítica fez referências as palavras de Trump, sobre um possível uso de “fogo e fúria” contra Pyongyang, caso o regime voltasse a provocar os EUA.
McCain disse tomar como exceção os comentários de Trump “porque você deve ter certeza de que pode fazer o que diz que vai fazer”.
Outro congressista a criticar Trump pelas ameaças aos norte-coreanos foi Elio Engel, membro do Comitê de Relações Exteriores da Câmara. Segundo ele, as afirmações do presidente foram “imprudentes” e colocam a segurança do país em risco.
“Hoje, o comportamento imprudente do presidente Trump e a sua explosão impulsiva minaram a segurança do povo americano e a de nossos amigos e aliados”, avaliou.
A Força Aérea dos Estados Unidos enviou dois bombardeiros B-1 da Dakota do Sul para a ilha de Guam, localizada no Pacífico e publicamente ameaçada pela Coreia do Norte.Os caças enviados à região de Guam estarão acompanhados por aviões japoneses F-15 e os KF-16 da Coreia do Sul.O esquadrão foi enviado para reforçar Guam, um território não incorporado norte-americano na Micronésia, localizado na extremidade sul das Ilhas Marianas, no oeste do Oceano Pacífico. As instalações militares na ilha estão entre as bases americanas de maior importância estratégica no Pacífico Ocidental.
A Coreia do Norte informou nesta quarta-feira que está “examinando cuidadosamente” um plano para atacar o território de Guam com mísseis balísticos estratégicos Hwasong-12 para conter as principais bases militares dos EUA. 
O presidente dos EUA, Donald Trump, ameaçou responder com “fogo e fúria” às ameaças norte-coreanas. Na manhã de terça-feira, o regime norte-coreano dizia cogitar medidas “físicas” contra as sanções recentemente aplicadas ao país.