SEGURANÇA NACIONAL SNB BRASIL

sexta-feira, 30 de junho de 2017

Brasil deve lançar foguete no espaço em 2019

RIO - O programa espacial do Brasil, que até hoje se destacou apenas pelo fracasso de suas principais missões, ganhou uma nova janela de oportunidade para finalmente lançar um foguete que atenda às principais demandas do mercado internacional de satélites. O Veículo Lançador de Microssatélites (VLM), projeto da Aeronáutica em parceria com a Agência Espacial da Alemanha (DLR), pode ter o primeiro teste no espaço em 2019, desde que seu cronograma financeiro seja cumprido, o que, neste momento, ainda é uma incerteza.
A indefinição sobre a programação orçamentária não é uma novidade no setor — e é a principal causa apontada pela Aeronáutica para os sucessivos insucessos. O fato novo é que o programa VLM é muito mais barato que os anteriores e, ainda assim, corre o risco de não se viabilizar dentro do prazo acordado com a Alemanha.


O VLM tem por objetivo atingir o atual mercado espacial, que trabalha com satélites cada vez menores, mais leves, com menor tempo de vida e que orbitam em altitudes inferiores às atuais. Estas características reduzem os custos de cada jornada e se viabilizam pelo avanço tecnológico dos países desenvolvedores de satélites, como Estados Unidos, Japão e França.
Para o Brasil, o custo estimado é de R$ 100 milhões, um quinto dos R$ 500 milhões despejados pela União no programa para o lançamento do Cyclone 4, um foguete ucraniano que deveria utilizar o Centro de Lançamento de Alcântara como base. O Brasil abandonou o programa pela metade, rompendo o tratado com a Ucrânia.
Em relação ao Veículo Lançador de Satélites (VLS), que teve dois lançamentos mal sucedidos e causou a maior tragédia do programa espacial brasileiro — quando um incêndio às vésperas da terceira tentativa de lançamento matou 21 profissionais em Alcântara —, o VLM também é mais barato. O Brasil investiu no VLS cerca de R$ 350 milhões ao longo dos anos. A diferença, agora, é que os sistemas mais sensíveis e caros, como o controle de ajuste em órbita, estão sob responsabilidade da Alemanha.

O plano traçado prevê que o Brasil produza os motores, em contrato já em desenvolvimento com a Avibrás. O “corpo” do foguete também é nacional. Os alemães ficam com os elementos superiores, como o controle e a coifa, que se abre no espaço para dar seguimento à parte final da missão.

O diretor do Instituto de Aeronáutica e Espaço (IAE), brigadeiro Augusto Luiz de Castro Otero, confirma que não se cogita mais investimentos para desenvolver uma nova versão do VLS. E aposta todas as fichas no VLM para que o programa espacial finalmente atinga seu maior objetivo: desenvolver um foguete brasileiro, a ser lançado do Centro de Alcântara.
Ele reconhece, no entanto, que os planos ainda dependem da liberação de dinheiro. Dos R$ 100 milhões necessários até 2019, R$ 35 milhões já foram utilizados. Os outros R$ 65 milhões entraram na mira do contingenciamento orçamentário.
— Infelizmente, o que sempre vivemos é o contingenciamento. É complicado executar qualquer coisa com os recursos sempre aquém dos planejados. Entendemos claramente as prioridades no país. Mas os contingenciamentos vêm comprometendo toda a atividade. Se no ano que vem não tivermos o aporte de recursos, nós teremos impacto no cronograma de execução — afirma Augusto Luiz Otero, que ainda alerta para a desestruturação da equipe do Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial (DCTA):
— Há um envelhecimento das equipes, que vêm se reduzindo ao longo dos anos.
O orçamento do VLM é de responsabilidade da Agência Espacial Brasileira. Em 2017, a AEB teve bloqueio de recursos e informa que disponibilizou R$ 20 milhões para o programa. Para o o ano que vem, um novo corte é esperado. Neste momento, há negociações em curso com o Ministério do Planejamento para a recomposição de parte dos recursos.


Certamente, este novo contingenciamento vai impactar o VLM — afirma Douglas Lira, Diretor de Transporte Espacial e Licenciamento da AEB.
O Ministério da Defesa, que responde pelo programa de lançadores, informa que o VLM “representará um salto para o país, no sentido de conquistar autonomia tecnológica em lançadores, assegurando a soberania”. Mas não assegura que os recursos estarão disponíveis, limitando-se a afirmar que o orçamento do veículo é de responsabilidade da Agência Espacial.
Se o plano der certo desta vez, o primeiro lançamento de testes do VLM ocorrerá em novembro de 2019, da mesma plataforma construída em Alcântara para o voo que nunca ocorrerá do VLS, seu antecessor. A adaptação da plataforma ainda não tem custo definido. A estimativa inicial é de R$ 7 milhões.

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futuro exército russo

Especial Forças Armadas da Rússia 2017

Exército da Rússia em 2017

Exército da Rússia

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Os ataques aéreos por mísseis de cruzeiro contra alvos terroristas na aeronave SAR Tu-95MS VKS Rússia

quinta-feira, 29 de junho de 2017

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O que pode fazer o caça F-35? (VÍDEO)

O caça norte-americano F-35A aproveitou sua primeira possibilidade em 10 anos para mostrar suas capacidades. O avião mostra o que pode fazer durante um espetáculo aéreo em Paris.

Os criadores do avião deram a entender que a longa espera não foi em vão, porque o F-35A é capaz de realizar truques incríveis no ar.
Uma década depois do seu primeiro voo, temos agora uma possibilidade para mostrar as capacidades e a manobrabilidade do F-35 […]", disse o piloto Billie Flynn em uma entrevista à Aviation Week.
O F-35 teve oportunidade de mostrar seu potencial ao grande público entre 19 e 25 de junho no Salão Internacional de Aeronáutica e do Espaço em Paris.
É preciso lembrar que o caça, que deverá substituir os F-16, A-10, F/A-18 e o AV-8B, foi fortemente criticado, durante sua criação e depois dos primeiros testes, por ter sido um desperdício de dinheiro e não ter cumprido com as expetativas próprias de um caça de quinta geração.
Por exemplo, na semana passada, foram cancelados os voos de 14 caças de quinta geração F-35A por causa de problemas no sistema informático, comunicou o comando da esquadra 211 estacionada na base de Yuma, no estado do Arizona, EUA.Além disso, vários vazamentos de informações na mídia revelam que o caça em questão tem caraterísticas piores do que o F-16 dos anos 60 do século passado.
Agora a empresa responsável pela construção do F-35, a Lockheed Martin, está realizando uma campanha de propaganda bastante agressiva para assinar contratos para a venda  de 440 unidades de F-35A para 11 países, segundo informação de fontes da agência Reuters.

Ministério da Defesa russo chama novo porta-aviões britânico de 'alvo marítimo oportuno

O representante oficial do Ministério da Defesa russo, general-major Igor Konashenkov, afirmou que o novo porta-aviões britânico Queen Elizabeth é um "alvo marítimo oportuno".

Mais cedo, em uma entrevista ao jornal Telegraph, o secretário da Defesa do Reino Unido disse que os russos enxergariam o maior porta-aviões britânico com inveja e admiração.
"As declarações do chefe da entidade militar britânica, Michael Fallon, em relação à superioridade, no aspecto visual, do novo porta-aviões sobre o navio russo Admiral Kuznetsov demonstram sua evidente falta de conhecimento da ciência militar e naval", afirmou.
O militar frisou que, sem ajuda externa, o porta-aviões britânico é apenas capaz de deixar sair os aviões, precisando de ser densamente cercado por navios de combate, de manutenção e submarinos para o defender.
Por isso, ao contrário do navio Admiral Kuznetsov, equipado com armamentos antiaéreos e, o que é o mais importante, antinavio, isto é, [mísseis] Granit, o porta-aviões britânico é apenas um alvo marítimo oportuno de grande envergadura", frisou Konashenkov.
O representante oficial do Ministério da Defesa russo resumiu que "tomando tudo isso em conta, é do interesse da Marinha Real britânica não demonstrar a 'beleza' do seu porta-aviões mais perto que umas centenas de milhas do seu congénere russo.
O maior navio da Marinha do Reino Unido, o porta-aviões Queen Elizabeth, partiu em sua primeira missão nesta segunda-feira (26), de acordo com o canal Sky News. O navio, batizado em homenagem à rainha Isabel I (reinado de 1558 a 1603), é o segundo navio da Marinha da Grã-Bretanha a receber este nome, nota o canal.
O porta-aviões tem uma tripulação de mais de 700 homens. De acordo com o Guardian, o navio custou à Grã-Bretanha 3,5 bilhões de libras esterlinas (R$ 14, 9 bilhões).
O navio Admiral Kuznetsov, por sua vez, participou do grupo aeronaval russo composto também pelo cruzador Pyotr Veliky, pelos destróieres antissubmarino Vitse-Admiral Kulakov e Severomorsk, por navios de apoio e mais de 40 aviões e helicópteros, que desde 8 de novembro de 2016 até fevereiro de 2017, levou a cabo diversas missões militares de combate ao terrorismo na Síria.
Durante os dois meses da operação, os pilotos da aviação embarcada efetuaram 420 voos, responsáveis pela destruição de 1.200 alvos terroristas.
Nesta quarta-feira (28), o vice-comandante da Marinha russa, almirante Viktor Bursuk, afirmou aos jornalistas que a Marinha russa vai modernizar o poderoso navio russo Admiral Kuznetsov já em 2018.

Rússia apresenta bomba antissubmarino capaz de ficar suspensa no ar

No Salão Internacional de Defesa Marítima de São Petersburgo, os militares estrangeiros puderam ver pela primeira vez a nova bomba antissubmarino Zagon-2E, informa a edição russa.

A Zagon-2E é lançada à água em paraquedas e suas características principais são as seguintes: ela não produz qualquer ruído e pode ficar suspensa sobre superfície do mar durante 4 minutos. Nesse momento, a bomba utiliza seu sensor acústico com um alcance de 600 metros de profundidade para detectar os submarinos inimigos, informa o jornal Rossiyskaya Gazeta.
A bomba, que transporta cerca de 35 quilos de trinitrotolueno, é suficientemente potente para perfurar o casco de qualquer submarino. Antes de tal ataque, o inimigo nem sequer teria tempo para compreender o que está se passando, já que a bomba Zagon-2E não tem motor e é totalmente silenciosa.
De fato, a arma cai pelo seu próprio peso, e, portanto, o faz de uma maneira absolutamente silenciosa, atingindo, porém, uma velocidade bastante alta — 18 metros por segundo. É por isso que esta bomba é mais perigosa do que qualquer torpedo existente hoje em dia.
Os desenhadores conseguiram aumentar em quase 3 vezes o poder de destruição da Zagon 2-E. Ademais, comparando o novo dispositivo com a bomba Zagon-1, o custo de levar a cabo uma missão de combate também foi reduzido em 3 vezes", assinalou a assessoria de imprensa do fabricante da arma.
O dispositivo pesa 120 kg e tem um calibre de 232 milímetros, sendo que a arma é equipada de um mecanismo de autoliquidação caso esta não detecte um alvo no tempo determinado.

segunda-feira, 26 de junho de 2017

Hackers: 'A NASA diz que os extraterrestres estão chegando!' (VÍDEO)

Os hackers do grupo Anonymous afirmam que a agência espacial norte-americana NASA se prepara para fazer um "grande anúncio sobre o descobrimento de vida extraterrestre inteligente."

"A NASA diz que os extraterrestres estão chegando!", escreveu o grupo na sua página na Internet.
Segundo o vídeo recentemente publicado pelos hackers, o administrador da Direção de Missões Científicas, professor Thomas Zurbuchen, assegurou que os avanços da NASA tais como a descoberta de hidrogénio em uma das luas de Saturno, Encélado, e os resultados prometedores do telescópio espacial Hubble sobre os oceanos do satélite natural de Júpiter, Europa, permitem estar mais perto do que nunca de descobrir evidências de vida extraterrestre.
Nossa civilização está à beira de descobrir evidências de vida extraterrestre no espaço", anunciou Zurbuchen, citado pelos Anonymous.
"Levando em consideração toda a atividade e missões que têm como objetivo encontrar vida extraterrestre, estamos à beira de fazer um dos maiores e sem precedentes descobrimentos da história", afirmou.
No obstante, a NASA ainda não fez alguma declaração oficial sobre assunto em questão.
Na semana passada, a Agência descobriu 219 novos candidatos a planeta, dez dos quais mostram condições similares às da Terra.

sábado, 24 de junho de 2017

Kalashnikov apresenta as novas armas das Forças Armadas da Rússia (VÍDEO

O grupo Kalashnikov publicou um vídeo no YouTube dos seus mais novos modelos AK-12, AK-15, RPK-16 e outros.

Planeja-se que, em breve, o AK-12 de calibre 5,45 mm seja adotado pelo exército russo como principal fuzil da infantaria.
A arma em questão mostrou os melhores resultados do que outros fuzis de categoria similar e foi escolhida pelo Ministério da Defesa para integrar o traje blindado Ranik (guerreiro em russo), que também inclui sistemas e equipamentos de proteção individual, bem como outros equipamentos variados.
O AK-15 é uma modificação quase idêntica do AK-12 que se distingue apenas por carregar munições de calibre 7,62 mm.
A metralhadora pesada RPK-16 é capaz de instalar canhões de diferentes tamanhos para diferentes necessidades durante o combate. A arma pode ser usada como uma metralhadora portátil de canhão largo ou como fuzil de assalto com um canhão curto.

AVware antivírus brasileiro

SÃO PAULO (11)
3163 3303
INTERIOR DE SÃO PAULO (19)
3404 6500
RIO DE JANEIRO (21)
3514 4279
CURITIBA (41)
3012 0931
0800 771 71 72
Ou pelo número:
19 3404 6505 

http://www.bluepex.com/downloads/avware/ 

sexta-feira, 23 de junho de 2017

O satélite brasileiro já está funcionando?

Dispositivos de visão noturna

Como caçar um inimigo invisível?

Por que as defesas antiaéreas russas não derrubaram os mísseis dos EUA sobre a Síria?

Navios Russos Lançam 6 Mísseis Contra Posições de Terroristas na Síria

simulação de sistema de defesa de mísseis balísticos hipersônicos

MBDA - MDCN Long Range Naval dos mísseis de cruzeiro simulação de combate

MAR 1, O Míssil anti radiação Brasileiro

quinta-feira, 22 de junho de 2017

míssil de cruzeiro AV-TM

Parte do programa, o míssil de cruzeiro AV-TM faz navegação inteligente. Leva, na ogiva, a carga explosiva de 200 Kg. Cada míssil custará cerca de US$ 1,2 milhão. As encomendas iniciais devem envolver um lote de 100 unidades. A atual versão do AV-TM é resultado de 13 anos de aperfeiçoamento. O desenho é compacto, com asas retráteis. O míssil, subsônico, mede 5,5m e usa materiais compostos. O motor de aceleração inicial utiliza combustível sólido e só é ativado no lançamento – em seguida, entra em ação a motorização a combustível líquido. A turbina é construída pela Avibrás.
Uma bateria do sistema Astros é composta por seis carretas lançadoras, com suporte de apoio de seis remuniciadoras, um blindado de comando, um carro-radar de tiro, um veículo estação meteorológica e um de manutenção. O míssil AV-TM é disparado por contêineres duplos. O foguete SS-30 atua em salvas de 32 foguetes e o SS-40, de 16; os SS-60 e SS-80 de três em três. O grupo se desloca a 100 km/hora em estrada preparada. Cumprida a missão, deixa o local deslocando-se para outro ponto da ação, antes que possa ser detectado.

PRIMEIRO CUBESAT BRASILEIRO COMPLETA 3 ANOS EM OPERAÇÃO

Desenvolvido pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), o NanosatC-Br1 acaba de completar três anos em órbita e segue enviando dados de suas cargas úteis: um magnetômetro e dois circuitos integrados.
Lançada em 19 de junho de 2014, esta é a primeira missão espacial brasileira com o uso de um cubesat.
As informações são rastreadas e coletadas por uma extensa rede de radioamadores no Brasil e no exterior, além das duas estações do projeto em Santa Maria (RS) e no Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA), em São José dos Campos (SP). Na data do terceiro aniversário do NanosatC-Br1, seus dados (figura abaixo) foram recebidos na Alemanha por Reiner e retransmitidos a Paulo Leite em Boa Vista (RR), ambos radioamadores que colaboram com o projeto desde o início.
“Todos os subsistemas e cargas úteis funcionam normalmente, exceto as baterias do subsistema de potência que não conseguem mais reter carga, fazendo com que o cubesat só possa transmitir seus dados em visada solar. Os dados continuam sendo armazenados e utilizados pelos pesquisadores e engenheiros do projeto”, informa o pesquisador Otávio Durão, do INPE.
Os dados obtidos com a carga útil FPGA serão apresentados no dia 28 de junho, durante seminário no INPE que abordará radiação cósmica em sistemas espaciais.
NanosatC-Br2
A equipe do projeto desenvolve agora o NanosatC-Br2, com lançamento previsto para 2018. O novo cubesat está em fase de testes de integração das cargas úteis e do software de solo e bordo com a plataforma.
“O NanosatC-Br2 é um cubesat de dois litros de volume, o dobro da capacidade do NanosatC-Br1, e terá experimentos da UFMG, UFABC, UFRGS, UFSM/SMDH, AMSAT-Br, além do INPE”, conta o pesquisador Nelson Jorge Schuch, gerente do projeto.
Voltado à capacitação de recursos humanos para a área espacial, o projeto NanosatC-Br é coordenado pelo Centro Regional Sul do INPE em colaboração com a Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) e apoio da Agência Espacial Brasileira (AEB).
Mais informações: www.inpe.br/crs/nanosat
Fonte: INPE

INICIADA TRANSFERÊNCIA DE OPERAÇÕES DO SGDC PARA A TELEBRAS

Começou nesta quinta-feira (15) o processo de transferência do comando de operação do Satélite Geoestacionário de Defesa e Comunicações Estratégicas (SGDC) para a Telebras. Chamado handover, o procedimento se estenderá até 30 de junho, quando a empresa assumirá as funções do equipamento. Atualmente, os testes de verificação do SGDC são feitos pela Thales Alenia Space, que construiu o satélite, a partir do seu centro de controle em Cannes, na França. Os testes são acompanhados pelos Centros de Operações Espaciais da Telebras instalados em Brasília e no Rio de Janeiro.
O ministro da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, Gilberto Kassab, destacou o empenho do governo federal em viabilizar o projeto por meio da liberação de recursos e a importância do SGDC para o Brasil. “Com o Satélite Geoestacionário, que se torna realidade a partir da definição dele como prioridade do governo, avançaremos muito no campo da inclusão digital, que se traduz em menos desigualdade e mais oportunidades para cidadãos de todo o país, além de aperfeiçoar serviços em saúde e educação, por exemplo”, afirmou.
Posição final 
Após 38 dias do lançamento ao espaço, o SGDC chegou à sua posição final na manhã do último domingo (11). Alocado na posição 75° oeste, o equipamento passará pelos últimos procedimentos antes de entrar em operação definitiva. Até o momento, os resultados são satisfatórios.
“Todas as semanas temos o que comemorar quanto aos testes do SGDC. Até agora, todos os testes que envolvem a verificação da cobertura do satélite, do comportamento do sistema de radiação das antenas e dos transmissores do SGDC estão indicando respostas conforme o esperado”, disse o diretor Técnico-Operacional da Telebras, Jarbas Valente.
Em julho, serão feitos os testes fim-a-fim, que vão avaliar a real capacidade e as condições de cobertura requeridas pelo SGDC, para que a Telebras possa ativar clientes na rede do satélite. Convênios firmados entre a empresa pública e os ministérios da Educação e da Saúde vão permitir que pelo menos 7 mil equipamentos públicos municipais, estaduais e federais se conectem à rede mundial de computadores. Além disso, vai possibilitar a ampliação do Plano Nacional de Banda Larga (PNBL).
“Vivemos a era da conectividade, e o satélite vai permitir acesso à banda larga em todas as regiões do país, incluindo as mais distantes e remotas, levando educação, pesquisa, integração, prestação de serviços, como internet para escolas rurais e postos de saúde. O SGDC vai trazer inclusão e cidadania, aumentando a competitividade nas empresas e cumprindo com a missão social e digital de conectar e integrar todos os lugares desse imenso país”, ressaltou o presidente da Telebras, Antonio Loss.
O satélite
O SGDC é o primeiro equipamento geoestacionário brasileiro de uso civil e militar. Fruto de uma parceria entre o MCTIC e o Ministério da Defesa, recebeu R$ 2,7 bilhões em investimentos. Adquirido pela Telebras, tem uma banda Ka, que será utilizada para comunicações estratégicas do governo e implementação do Plano Nacional de Banda Larga (PNBL) – especialmente em áreas remotas –, e uma banda X, que corresponde a 30% da capacidade do equipamento, de uso exclusivo das Forças Armadas.
A aquisição do satélite da Thales Alenia Space foi feita por meio de competição internacional, via contrato com a Visiona, uma joint venture entre a Telebras e a Embraer. A criação da Visiona, em 2012, corresponde a uma das ações selecionadas como prioritárias no Programa Nacional de Atividades Espaciais (PNAE) para atender aos objetivos e às diretrizes da Política Nacional de Desenvolvimento das Atividades Espaciais (PNDAE) e da Estratégia Nacional de Defesa (END).
Fonte: MCTIC

quarta-feira, 21 de junho de 2017

Empresa russa Kaspersky elabora software de segurança para MD do Brasil

A empresa russa Kaspersky está desenvolvendo software especial de cibersegurança de acordo com os interesses do Ministério da Defesa do Brasil, se lê nos documentos divulgados nas vésperas do encontro entre os presidentes do Brasil e da Rússia.

O presidente do Brasil, Michel Temer, está agora em Moscou no âmbito de uma visita oficial.
No mercado brasileiro está se alargado o leque de serviços prestados pela empresa russa Kaspersky Lab, que começou elaborando programas especiais na área de cibersegurança para o Ministério da Defesa do Brasil e vários grandes bancos", se lê num dos documentos.
Nestes documentos foi destacado que agora está em curso o desenvolvimento da cooperação russo-brasileira na área do software e utilização de tecnologias russas na esfera de governo eletrônico.
Além disso, no mercado brasileiro agora estão atuando empresas russas como a Qiwi (bolsa eletrônica), a Megapay (serviço bancário remoto), a Gudvin (desenvolve aplicativos para compras instantâneas), a KGB (criação e desenvolvimento de sistemas de cibersegurança) e outras.

Barak-8 Naval

LORA IAI testa LORA


June 20, 2017- A Israel Aerospace Industries (IAI) anunciou que lançou com sucesso o LORA (Long-Range Artillery weapon system). O teste consistiu do lançamento do sistema de foguete LORA  de longo alcance. O sistema  LORA será apresentado no  Paris Air Show 2017.
 
O LORA é um sistema de longo alcance terra-terra desenvolvido pela divisão MALAM da IAI. Tem um alcance de 400 km e uma precisão de 10 metros ou menos. O LORA tem um peso aproximado de  1.600 kg.

Para os testes da versão terra-terra do sistema de artilharia foi posicionado em uma navio atendendo aos requisitos de segurança para testes deste tipo. O míssil foi lançado desde um posto de comando (command trailer) e lançador terrestre. Após o disparo do lançamento, o míssil seguiu o curso até o alvo, atingindo-o com alta precisão.

terça-feira, 20 de junho de 2017

Iranianos apoiar ataques com mísseis do IRGC contra os terroristas na Síria


O Exército dos Guardiões da Revolução Islâmica (IRGC) iraniano lançou seis mísseis terra-terra contra posições do Daesh (organização terrorista proibida na Rússia e em vários outros países) "em resposta" aos atentados em Teerã ocorridos em 7 de junho. Os mísseis atacaram os alvos com “precisão letal”, afirma o comunicado da entidade.

"Foram lançados seis mísseis de médio alcance contra os terroristas a paéreas nas províncias de Kermanshah e Curdistão, sendo que o ataque foi letal e avassalador", assegurou a assessoria de imprensa do IRGC, ou seja, das unidades de elite iranianas.artir das bases A entidade precisou que os projéteis que sobrevoaram o território iraquiano destruíram "um centro de comando, vários pontos de concentração de infantaria e vários armazéns usados para fabricação de carros-bomba", localizados nos arredores da cidade síria de Deir ez-ZorComo consequência dos ataques, "um grande número de terroristas e seus equipamentos militares foram eliminados".
O IRGC sublinhou que o ataque com mísseis foi "somente uma advertência" e que, no caso de outro "ataque [terrorista] vil e cobarde", os responsáveis sentiriam "toda a fúria da vingança" por parte da Guarda Revolucionária.
Em 7 de junho, na capital iraniana ocorreram dois atentados, um contra a sede do Parlamento e outro contra o Mausoléu do aiatolá Khomeini, que deixaram ao menos 18 mortos e uns 50 feridos. Os ataques foram reivindicados pelo grupo terrorista Daesh.

domingo, 18 de junho de 2017

Os 5 submarinos mais perigosos para os adversários da Rússia (FOTOS)

A frota submarina da Rússia conta com navios incrivelmente poderosos. Conheça a lista dos cinco submarinos mais temidos pelos inimigos da Rússia, de acordo com a edição Zvezda.

Classe Akula
Os navios da classe Akula, Projeto 971, são submersíveis de ataque de propulsão nuclear, que foram criados como base das forças de dissuasão nuclear da URSS. Esses submarinos de terceira geração entraram em serviço pela primeira vez em 1984.
Os Akula foram projetados para interceptar e destruir submarinos e navios de superfície inimigos. Ao mesmo tempo, o submarino é capaz de defender a frota de superfície russa de possíveis ataques. Uma das principais características destes submarinos são suas capacidades furtivas, nomeadamente o baixo nível de ruído produzido por eles.
Paltus e Varshavyanka
Os submersíveis do Projecto 877 Paltus e do Projeto 636 Varshavyanka ocupam o segundo e terceiro lugar na lista. O baixo nível de ruído destes submarinos é sua principal característica. Por essa razão, o Varshavyanka foi nomeado "Buraco Negro" da OTAN.A ideia por trás desses submarinos era criar submersíveis otimizados para situações de combate. A tarefa foi cumprida com sucesso, já que os Paltus e os Varshavyanka são capazes de encontrar e destruir embarcações inimigas antes que elas possam perceber a sua presença.
Além disso, esses dois submersíveis são muito populares em outros países. Eles se encontram em serviço nas Forças Armadas da Argélia, Vietnã, Índia e China.
Borei
Os submarinos do Projeto 955 Borei são os primeiros totalmente projetados e construídos na Rússia pós-soviética.
Estes navios medem 170 metros de comprimento, têm um deslocamento de 24.000 toneladas e podem levar até 16 mísseis balísticos intercontinentais Bulava, com umalcance de até 8.000 quilômetros.
A velocidade em superfície e em imersão destes submarinos atinge os 15 e os 29 nós, respectivamente. Os navios, além disso, têm autonomia para ficar até 90 dias debaixo de água.
Yasen
Os navios de quarta geração do Projeto 885 Yasen são os submarinos nucleares multifuncionais mais moderno e mais caros da Rússia. O primeiro submarino desse tipo entrou em serviço em 2014.
Os submarinos nucleares russos da classe Yasen são capazes de levar qualquer um dos mísseis de cruzeiro de baseamento naval atualmente existentes.Os Yasen são submarinos de quarta geração, com tecnologia de baixo nível de campo acústico, destinados à destruição de alvos terrestres, de superfície e submarinos.
Estas naves têm um deslocamento de 13.800 toneladas, uma profundidade de imersão de 520 metros, uma tripulação de 64 homens, autonomia de 100 dias e uma velocidade de navegação na superfície de 31 nós, concluiu Zvezda.

Comparação de Missil do Paquistão e Israel

Qual Coreia do Norte? Mundo deveria estar mais preocupado com arsenal nuclear do Paquistão

O Paquistão está desenvolvendo seu arsenal nuclear e não parece que o faça exclusivamente para dissuadir seus inimigos, escreve Kyle Mizokami, jornalista da edição americana The National Interest.

De acordo com Mizokami, o país muçulmano tem que fazer frente também a problemas relacionados com sua segurança interna, que poderão ameaçar a integridade do seu arsenal nuclear.O Paquistão e a Índia estão, evidentemente, em meio a uma corrida armamentista nuclear, o que que poderia, em termos relativos, resultar em arsenais nucleares irracionalmente altos. Isso nos faz retroceder ao período da Guerra Fria. É evidente que necessitamos desesperadamente de um acordo sobre o controle de armas para o subcontinente", afirmou o analista na revista The National Interest.Mizokami indica que o Paquistão, rodeado do Irã, China, Índia e Afeganistão, tem uma "vizinhança verdadeiramente complicada, na qual existem várias questões relativas à segurança".
O Paquistão tem sido uma potência nuclear durante décadas, e agora tenta construir sua própria tríade fazendo com que seu arsenal nuclear seja resistente e capaz de efetuar golpes de resposta demolidores", realça.
O autor do artigo explica que o programa nuclear paquistanês remonta aos anos 50, ou seja, ao início da rivalidade com a Índia. Ademais, recorda as palavras do então presidente, Zulfikar Ali Bhutto, que declarou: "Se a Índia construir uma bomba [nuclear], comeremos grama e folhas e passaremos fome, mas obteremos a nossa".
"O programa se converteu em uma prioridade depois de que, em 1971, o país fracassou na confrontação com a Índia, o que fez desaparecer o Paquistão Oriental e o converteu em Bangladesh. Os especialistas creem que foi a humilhante perda do território, muito mais do que as informações que Nova Deli estava criando armas nucleares, que acelerou o programa nuclear paquistanês", assegura Mizokami, quem agrega que a Índia fez testes da sua primeira bomba nuclear em 1974, "colocando o subcontinente no caminho da nuclearização".
Islamabad começou a acumular o combustível necessário para as armas nucleares, o urânio enriquecido e o plutônio. Seu programa nuclear foi apoiado por vários países europeus e utilizou também equipamentos clandestinos, revela o jornalista."Os especialistas vinham observando que o arsenal nuclear paquistanês vinha crescendo constantemente. Em 1998, o país possuía entre 5 e 25 ogivas, dependendo da quantidade necessária de urânio para cada bomba. Hoje em dia, estima-se que o Paquistão possua entre 110 e 130 bombas nucleares. Em 2015, a Fundação Carnegie para a Paz Internacional e o Centro Stimson especulavam que o Paquistão poderia produzir uns 20 artefatos anualmente, o que significa que o país poderia se converter rapidamente na terceira maior potência nuclear do mundo", revelou.
De acordo com outros observadores, Islamabad pode produzir somente entre 40 e 50 ogivas em um futuro próximo.A confrontação nuclear se agrava devido à hostilidade tradicional entre os dois países. Ambos estiveram em guerra várias vezes e houve vários acontecimentos, como o ataque terrorista de 2008 em Mumbai, que for dirigido pelo Paquistão", esclareceu.
Mizokami explicou que o Paquistão carece de uma doutrina de "não atacar primeiro", diferentemente da Índia e da China. Ademais, "se reserva o direito de usar armas nucleares, particularmente as táticas, de baixa potência, para compensar a vantagem da Índia em forças convencionais".
"Atualmente, o Paquistão possui uma tríade de sistemas nucleares de baseamento em terra, no mar e no ar", concluiu.

Radar do futuro: Exército russo receberá sistema caçador de drones avançado (VÍDEO)

A empresa Zavod Elektromash da cidade russa de Nizhny Novgorod criou um original sistema robótico furtivo capaz de detectar veículos aéreos não tripulados, inclusive drones de reconhecimento e ataque.

O anúncio foi feito pelo porta-voz da empresa Valery Pyatkin à Sputnik Internacional.
O radar óptico móvel entrará em serviço das Forças Armadas russas após complexos trabalhos de desenvolvimento que continuarão até meados de 2017, revela Pyatkin.
O sistema de 20 quilos inclui uma antena receptora e um complexo software-hardware para processar e exibir dados. O sistema pode ser completado com eletrônica opcional para fins de reconhecimento", explica o especialista.
Segundo ele, além de veículos sobre lagartas, o sistema operado por controle remoto pode ser colocado num chassi de pequeno caminhão, jipe ou minivan. O raio de detecção alcança mais de 20 quilômetros, enquanto a precisão do radar equivale a cerca de 10 metros.Pyatkin ressalta que "a ausência de radiação ativa torna o sistema mais furtivo, o que não permite ao inimigo detectá-lo e destruí-lo com meios antirradares".
Segundo o especialista, o sistema detecta drones de ataque e de reconhecimento do inimigo, sendo também capaz de detectar com eficácia vários tipos de drones stealth sofisticados.
Pyatkin revelou que a detecção por rádio não-emissora é uma tendência promissora no desenvolvimento de sistemas de radares modernos, pois tais sistemas usam sinais de transmissores não relacionados a sistemas, como os de TV e radiodifusão, conexão móvel, emissão, navegação e satélites de comunicação.

NASA nos esconde alguma coisa sobre os extraterrestres? (VÍDEO)

Um usuário do YouTube publicou um vídeo em que apresenta uma suposta captura de tela do site oficial da NASA com uma imagem de Marte que atraiu sua atenção.

A NASA, supostamente, terá eliminado rapidamente a imagem misteriosa de uma nave alienígena, que estava previamente disponível no portal oficial da agência espacial.
O autor do vídeo, Mauricio Ruiz, afirma que a foto foi publicada no dia 12 de junho, mas que mais tarde desapareceu da página oficial da entidade.
"Existem milhares de fotos publicadas e apenas falta uma", escreve Mauricio.
Só podemos adivinhar se se trata de imaginação vívida do autor ou se a NASA realmente não quer que saibamos algo importante.

O IA2 como armamento de dotação dos Fuzileiros Blindados no combate de 4ª geração

Felipe Ferreira Lima Vicente – 1º Ten

O evoluir dos conflitos nas suas quatro gerações impulsionou uma primavera de mudanças nos conceitos básicos daquilo que se considerava um armamento ideal para a guerra. Os grandes campos de batalha deram lugar à estreitas ruas e vielas das cidades do mundo moderno e o blindado passou a ser uma figura muito mais presente nesse ambiente operacional.

Características como portabilidade, tamanho e peso se tornaram cada vez mais relevantes na concepção do armamento ideal para o soldado de hoje. Dentro deste contexto a Industria de Material Bélico do Brasil, IMBEL anunciou em 2008, aquele que seria o seu projeto mais desafiador, um fuzil totalmente novo, concebido e produzido inteiramente em território nacional, o IA2.

Voltado para o combate moderno, o IA2 é o substituto oficial do Fuzil Automático Leve (FAL), armamento adotado desde a década de 60 pelo Exército Brasileiro. O IA2 conta com trilhos picatinny, materiais poliméricos, coronha rebatível, calibre 5,56x45mm e um tamanho adequado para o combate em ambiente confinado.

O projeto encontra-se aprovado e pronto para dotar as diversas organizações militares do Exército. No entanto, o fato de ser totalmente desenvolvido pela IMBEL garante ao IA2 o aperfeiçoamento constante, algo que já aconteceu diversas vezes desde o seu anúncio oficial.
INTRODUÇÃO

Em 1648, foi firmado pelas principais potências mundiais o Tratado de Westphalia, tratado este que findou a guerra dos trinta anos e “estatizou as batalhas”.

De lá para cá, o combate passou por um processo constate de mutação, sendo dividido em quatro gerações pelo Sr. William S. Lind, no seu artigo The Changing Face of War - Into the Fourth Generation.

A evolução da Guerra sempre andou paralela à evolução do principal meio de fazer a guerra: a arma. As antigas espadas e mosquetes deram lugar a modernos e precisos armamentos, potencializando o poder de combate do militar da 1ª a 4ª Geração.

O Exército Brasileiro (EB), seguindo a evolução mundial do armamento, introduziu em 1964 o Fuzil Automático Leve (FAL), armamento extremamente rústico, de origem Belga, que dota os militares brasileiros até os dias atuais.

No intuito de acompanhar a evolução dos armamentos em todo o mundo, o Exército, em parceria com a Industria de Material Bélico do Brasil (IMBEL), iniciou em 1995, com o MD97L, a criação de um novo fuzil, fato que foi consolidado em 2008 com o início do desenvolvimento do IA2.

O combate moderno também se mostrou ideal para o emprego do blindado, principalmente por acontecer em cidades, onde a posição do inimigo é, muitas vezes, desconhecida, algo que faz a proteção blindada se tornar ainda mais importante.

No Exército Brasileiro, a importância dada às tropas blindadas é expressa com a modernização das Viaturas Blindadas de Transporte de Pessoal (VBTP) M113-B e com a aquisição das novas Viaturas Blindadas de Combate Carros de Combate (VBCCC) Leopard 1 A5 BR.

O presente trabalho procurou relacionar o combate da 4ª Geração, o advento do IA2 e o emprego do blindado na guerra moderna, tudo com base nas informações oficias da IMBEL, de artigos das Campanhas de Beirute, Grozny e Bagdá, e do conceito das quatro gerações da guerra, criado pelo Sr. William S. Lind em sua obra The Changing Face of War: Into Fourth Generation, publicada em 1989.
DESENVOLVIMENTO

Metodologia

O presente estudo foi realizado dentro de um processo científico e procedimentos metodológicos. Assim, iniciou-se com a realização de pesquisas documentais e bibliográficas, onde, primeiramente, foram analisados textos referentes à evolução dos conflitos armados desde o Tratado de Westphalia, fazendo uma breve análise da consequente evolução dos armamentos.

Em seguida, visando relacionar esses fatos com a substituição do FAL pelo IA2 como armamento de dotação do EB, foi realizada uma revisão teórica do assunto, por meio de documentos e trabalhos científicos (artigos, trabalhos de conclusão de curso e dissertações), a qual prosseguiu até a fase de análise dos dados coletados neste processo (discussão de resultados).

Por fim, foi analisada a documentação obtida, relativa ao emprego de blindados no combate moderno, em especial nas campanhas de Beirute, Grozny e Bagdá.

As informações obtidas foram submetidas a uma apreciação da utilização do IA2 como dotação do fuzileiro no combate de 4ª Geração, a fim de se obter a resposta à questão: O IA2 pode ser considerado um bom substituto do FAL para o emprego da tropa blindada no combate de 4ª Geração?
Resultados e Discussão

A pesquisa bibliográfica possibilitou: relatar evolução das guerras desde o Tratado de Westphalia; relatar evolução dos armamentos nesse mesmo período; descrever as principais características do IA2; comparar as principais características do IA2 com o FAL; relatar a evolução do blindado no combate moderno; ajuizar se o IA2 pode ser considerado um bom armamento para dotar as tropas blindadas nos conflitos de 4ª Geração.

Sobre tudo o que foi exposto, em particular na evolução das guerras, podemos observar que o combate sofre uma metamorfose constante, se adaptando às missões, ao inimigo, ao terreno, aos meios, ao tempo e aos assuntos civis, o que conhecemos como fatores da decisão.

Dentro desse constante evoluir da guerra, o seu símbolo maior, a arma, não deixou de mudar. A Guerra Moderna tem início em 1648, com o Tratado de Westphalia, onde, além de marcar o fim da Guerra dos Trinta Anos, o Estado assumiu a administração dos conflitos internacionais, o que, por vezes, acontecia entre famílias, tribos, religiões, cidades e empresas.

Desde o Tratado de Westphalia até os dias atuais, podemos dividir a guerra em quatro fases distintas. A 1ª Geração da guerra, entre 1648 e 1860, ficou conhecida como guerra de linha e coluna. Naquela época, eram travadas em grandes campos, de maneira formal e ordenada.

Esse período foi fundamental para o desenvolvimento dos Exércitos pois foi quando foram introduzidos os uniformes, continências, graus hierárquicos, criando uma cultura militar.

A 2ª Geração foi resumida pelos franceses como “a artilharia conquista – a infantaria ocupa”. O comandante da tropa passou a ser um grande maestro, que orquestrava seus meios (artilharia, infantaria e carros de combate) de acordo com o andar do conflito.

Naquela época prezava-se muito a disciplina, onde iniciativas não eram toleradas pois poderiam por em risco o restante da tropa. A 3ª Geração da guerra é também uma herança da Primeira Grande Guerra.

Desenvolvida pelo Exército Alemão, a Blitzkrieg, ou guerra de manobra, é baseada na velocidade, surpresa e no deslocamento mental e físico, não no poder de fogo propriamente dito. A guerra de 3ª Geração não é linear e passa a exigir uma capacidade de planejamento e coordenação muito maior aos seus comandantes.
A iniciativa era mais importante que a obediência, desde que voltada para o cumprimento da missão. A 4ª Geração talvez seja a mais diferente e complexa das gerações pois a maior conquista do Tratado de Westphalia é perdida: a administração da guerra pelo Estado.

Dessa forma, os conflitos que se caracterizavam por serem atos políticos envolvendo a luta de interesse entre duas nações, passaram a ser uma questão ideológica a ser administrada por qualquer um que queira lutar por qualquer motivo.

A guerra perdeu o mínimo de ordem que existia através das Convenções de Genebra e do Direito Internacional dos Conflitos Armados, pois os seus participantes deixaram de ser exclusivamente militares.Outra característica marcante da 4ª Geração é que boa parte dos conflitos migraram para as cidades, em meio a população, onde grupos terroristas e revolucionários, podem cooptar integrantes e se sustentar mais facilmente.

Paralelamente à evolução das guerras, os armamentos também evoluíram, ficando mais leves, menores e com seu calibre reduzido. Isso se deve basicamente por dois motivos: o deslocamento da guerra do campo para as cidades; e do aumento na quantidade de materiais transportados por um soldado dos dias de hoje.

Durante as quatro gerações da guerra, o seu ambiente foi sendo alterado aos poucos, partindo dos grandes campos do passado até os becos, ruas e vielas dos dias atuais. O combate à curta distância não exige um armamento com grandes alcances, característica que é obtida, dentre outras maneiras, com um alongamento do cano. Esse fato permitiu que as armas encurtassem com o passar dos tempos, chegando ao tamanho médio de 850 mm dos dias atuais.

Outra questão importante envolvendo a evolução do combate é a quantidade de material carregado por um soldado. Durante a 1ª Geração das guerras, os militares carregavam basicamente seu armamento e sua munição.

Hoje em dia, além do armamento e da munição, o soldado moderno carrega consigo computador, equipamento de visão noturna (EVN), máscara contra gases, capacete balístico, colete balístico, armamento não letal, granadas diversas, marmita, caneco, ração operacional, roupas de muda, kits diversos, entre outros, fazendo seu aprestamento girar em torno de 30kg.

Todos esses materiais estão em constante evolução para se tornarem mais leves e mais fáceis de serem carregados. Com o armamento não poderia ser diferente, sendo constantemente objeto de estudos para ter seu peso reduzido.

Acompanhando a evolução mundial dos armamentos o EB, em parceria com a IMBEL, iniciou em 2008 o projeto de desenvolvimento do seu novo armamento de dotação. O fuzil IA2 é, no entanto, uma evolução do Fuzil 5,56 MD97L, projeto iniciado em 1995 e testado em 1997, daí o seu nome.

O processo de homologação do MD97L como Material de Emprego Militar (MEM) deu-se no final de 2002 e início de 2003. A primeira grande aquisição do MD97L foi feita pela Secretaria Nacional de Segurança Pública (SENASP) para equipar a Força Nacional de Segurança (FNSP).

Após a aquisição do lote piloto deu-se início à sua efetiva avaliação, que foi interrompida em 2008 em virtude de alguns defeitos encontrados no projeto. Naquele momento, então, iniciou-se efetivamente o desenvolvimento do fuzil IA2.

Ainda como consequência do combate moderno, o blindado tornouse um meio comum no ambiente urbano, em especial quando empregado formando o combinado carro de combate – fuzileiro (CC-Fuz). Por suas características, das quais se sobressaem a mobilidade, o sistema de comunicações amplo e flexível e a proteção blindada, o emprego da forçatarefa (FT) tornou-se comum na guerra atual.

Como parte do processo de transformação do EB, o IA2 tornou-se o armamento de dotação oficial de seus militares. Em uma tropa que atua embarcada em blindados, assim como em aeronaves, é fundamental que o armamento seja pequeno ou que tenha sua coronha rebatível, ambas características presentes no IA2 e ausentes no FAL.

O motivo de tais exigências deve-se ao fato do interior do blindado ser um local relativamente apertado para acomodar os fuzileiros, bem como seus materiais específicos, que não podem ficar do lado de fora junto às mochilas (EVN, notebook, rádios etc).

Além disso, aliado ao que foi exposto anteriormente, o blindado é cada vez mais utilizado em ambiente urbano, ambiente este que exige um armamento leve, pequeno e de fácil manuseio. Ambas as situações, o ambiente urbano e o emprego do blindado nesse ambiente, tornam o IA2 um excelente armamento para dotar os fuzileiros em detrimento do FAL.CONCLUSÃO

Este trabalho se propôs a responder um problema: O IA2 pode ser considerado um bom substituto do FAL para o emprego da tropa blindada no combate de 4ª Geração?

Após uma avaliação sistematizada e acadêmica, a questão é respondida de forma afirmativa: o IA2 tem condições de dotar os fuzileiros blindados em substituição ao FAL no combate de 4ª Geração. A cidade é um fato, quando se fala em combate moderno.

A 4ª Geração levou a guerra para um lugar estreito, confuso e perigoso. As características da tropa blindada, tais como, proteção blindada, mobilidade e sistema de comunicações amplo e flexível, a tornaram uma poderosa alternativa para enfrentar os percalços do ambiente urbano.

Acompanhando a evolução da guerra, os armamentos evoluíram, um como consequência do outro, a guerra evoluindo através das armas e as armas evoluindo por meio da guerra.

O fato é que o Exército acompanhou essa evolução e o IA2 é uma realidade. Um projeto moderno, bem estudado, bem avaliado e brasileiro. Essa última talvez, sua característica mais importante, o que possibilita o seu constante aperfeiçoamento, além do desenvolvimento da indústria nacional.

Os rumos do combate tornaram o IA2 um bom substituto para o FAL. Suas características, em especial seu tamanho e seu peso, são a chave para o seu sucesso e o caminho para sua entrada no hall das principais armas do mundo. O projeto ainda tem muito a evoluir, algo que nunca deixará de acontecer, especialmente quando falamos na guerra.