SEGURANÇA NACIONAL SNB BRASIL

quinta-feira, 28 de janeiro de 2016

Avibrás planeja faturar R$ 1,3 bilhão neste ano

 A Avibrás, indústria aeroespacial de São José dos Campos (SP), surpreendeu o mercado, há duas semanas, com o anúncio dos resultados financeiros de 2015.
No ano passado, a receita bruta da empresa chegou a R$ 1,1 bilhão - valor que é cerca de oito vezes maior que o gerado em 2012 e muito distante dos limites da crise iniciada há pouco mais de sete anos e da qual o grupo, dedicado a produção de sistemas de defesa, só começou a sair consistentemente em 2014, quando a receita atingiu R$ 629,9 milhões.
"Em 2016, vamos continuar atuando fortemente nas transações externas", diz o superintendente João Brasil de Carvalho Leite. A meta, segundo ele, é superar o patamar de R$ 1,3 bilhão em faturamento.
"Nada mau depois de um longo ciclo negativo", diz o presidente Sami Hassuani. A empresa ficou em recuperação judicial entre 2008 e 2010, demitiu centenas de funcionários, foi obrigada a vender boa parte dos ativos imobiliários e chegou muito perto da insolvência.
Os credores foram pagos sem deságio e receberam correção monetária. Neste ano, a Avibrás planeja contratar mais 300 pessoas para reforçar o quadro de 1.695 funcionários.
Quase toda a receita da empresa vem de operações no mercado externo. Em 2015 a participação das Forças Armadas brasileiras no volume total do faturamento ficou em R$ 100 milhões. Em 2016, por causa da crise econômica e das restrições orçamentárias, não deve passar de R$ 80 milhões.
Todavia, a principal aposta e programa prioritário da Avibrás é do Exército, com uma variante específica para o Corpo de Fuzileiros Navais. Trata-se da geração 2020 do sistema Astros - a sexta desde o início da série, há 30 anos.
Muito moderna, contempla pela primeira vez no País, o emprego de um míssil de cruzeiro, o AV-TM com alcance de 300 km e aumenta a capacidade dos foguetes AV-SS-40, com raio de ação na faixa de 40 km, por meio de sensores de guiagem primária. Mais que isso, o conjunto Astros 2020 vai incorporar uma nova munição, capaz de atingir alvos a 150 km, também dirigida eletronicamente.
Há boas possibilidades para o produto no mercado internacional. "Nossa forte atuação no exterior gerou uma carteira de pedidos da ordem de R$ 4 bilhões e perspectivas reais de crescimento da ordem de mais R$ 8 bilhões nos próximos anos", diz Hassuani.
Crise
Até agora, entretanto, a jornada da Avibrás vinha sendo pedregosa. Em janeiro de 2008, o engenheiro e fundador da empresa, João Verdi, tratava de desenhar os planos de engenharia que fariam do lançador de foguetes Astros II (o principal produto da empresa) um elemento de defesa do estreito de Málaca, por onde transitam 70% do petróleo do mundo. Verdi tinha pressa.
O cliente interessado, o exército da Malásia, queria contar com o recurso como elemento dissuasivo frente a uma eventual aventura militar vinda da vizinhança nervosa.
O negócio superava os R$ 500 milhões, um dinheiro fundamental no ambiente pesado que se abatia sobre o mercado financeiro internacional e atingia, no Brasil, setores estratégicos como a indústria de equipamentos militares. Era um bom projeto. Faltou combinar com o destino.
No dia 28, João Verdi e a mulher, Sonia Brasil, decolaram do condomínio onde haviam passado o fim de semana, em Angra dos Reis, para voltar para casa, em São José dos Campos. Iam a bordo de um de seus dois helicópteros, o mesmo que usavam rotineiramente para ir da residência ao escritório ou para viagens, várias delas internacionais. Pequena distância, rota conhecida.
Verdi, um hábil piloto, estava no comando. O voo curto nunca foi completado. A aeronave caiu em meio à mata densa da serra, a altura da praia de Maranduba, no litoral norte de São Paulo. João e Sonia morreram. Os restos da aeronave só foram localizados um ano e meio depois, em julho de 2009.
"O céu desabou sobre a Avibrás naquele momento", lembra o presidente, Hassuani. A indústria aeroespacial, fortemente identificada com a imagem de seu criador e depositária de significativo patrimônio tecnológico, teve negócios interrompidos e entrou em uma longa fase de dúvidas e incertezas da qual só se livrou no fim do ano passado.
Verdi era uma figura e tanto. Nos anos 1980, dividia com José Luis Whitaker Ribeiro, presidente da extinta Engesa, fabricante de blindados, e com Ozires Silva, fundador da Embraer, o panteão dos empresários brasileiros que abriram praças comerciais para o portfólio nacional de material militar e aeroespacial. Clientela difícil, como eram o Iraque, a Líbia e a Arábia Saudita.
João Verdi era recebido por Saddam Hussein para jantar em Bagdá e despachava 24 horas depois com o rei saudita Fahd Bin Abdul Aziz al-Saud em Riad. Participava pessoalmente da entrega e dos testes dos lançadores Astros.
Para horror do Ministério das Relações Exteriores, ia parar na frente de batalha para verificar o desempenho dos seus "meninos" - os foguetes que saíam das linhas instaladas no km 14 da rodovia dos Tamoios, na represa de Santa Branca.
A Avibrás nunca conseguiu superar a cifra de US$ 1 bilhão em vendas internacionais registrada há 30 anos, sob o comando de Verdi. 
SNB

quarta-feira, 27 de janeiro de 2016

FAB & Indústria de Defesa - Fuzil IA2


SNB

EUA distorcem a realidade e tentam liderar a Europa

Recentemente, o Comando Europeu das Forças Armadas dos EUA (EUCOM) publicou uma versão atualizada das suas estratégias, destacando suas visões, prioridades e missões, entre as quais estaria a de defender o continente europeu contra possíveis ataques russos. 
"A Rússia é retratada como ameaça principal, devendo ser impedida de agredir a Europa Oriental. Essa afirmação dispensa comentários… por ser completamente distante da realidade", declarou Grushko em entrevista a um canal de TV. 
No documento em questão, o EUCOM denuncia um suposto revanchismo por parte de Moscou, chamando a atenção para a necessidade de fortalecer a OTAN e a cooperação entre os seus membros.
"Eu gostaria de reiterar que as reivindicações norte-americanas não refletem as reais demandas de segurança ou as reais demandas de desenvolvimento global. Porque é claro que, hoje, nós devemos unir esforços para combater novos riscos e ameaças reais, ao invés de construir 'paraísos de segurança' ou nos armar contra ameaças míticas", disse o representante russo, acusando os EUA de tentar submeter os países europeus aos seus interesses, forçando-os a aumentar os seus gastos militares.


SNB

Brasil negocia venda de Super Tucanos à Força Aérea do Paraguai

Embora o valor da operação não tenha sido revelado, a possível venda de seis aviões Embraer EMB-314 Super Tucano será um dos pontos-chave da reunião, já que essas aeronaves turboélices de ataque leve e treinamento avançado são as preferidas da Força Aérea Brasileira (FAB) para suas operações de vigilância fronteiriça na região amazônica.
A grande autonomia de um Super Tucano, sua capacidade de operar de dia e de noite, em quaisquer condições meteorológicas e em pistas curtas desprovidas de qualquer infraestrutura, juntamente com a sua capacidade de equipar sensores eletro-ópticos e infravermelhos FLIR Star SAFIRE III e óculos de visão noturna ANVIS-9 NVG o tornam ideal para a detecção de aeronaves envolvidas no tráfico de drogas.

A capacidade de controle e combate dos Super Tucanos foi amplamente demonstrada pela Força Aérea da Colômbia, que tem uma frota de 25 aeronaves deste modelo. Em 2007, os Super Tucanos serviram como bombardeiros leves usando bombas Mk-82 no âmbito da "Operação Phoenix", em que o país lançou vários ataques contra as posições das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC).
No momento, a aeronave fabricada pela Embraer é empregada pela Força Aérea de 16 países, incluindo os Estados Unidos, que em 2006 vetaram a venda de 24 desses aviões para o Governo da Venezuela, reivindicando seu direito de veto sobre todos os equipamentos militares que contem com tecnologia norte-americana. (Os Super Tucanos foram desenvolvidos em parceria com a empresa norte-americana Northrop Grumman).

Além do interesse do Paraguai na obtenção de seis Super Tucanos, outros países latino-americanos como Peru e El Salvador também manifestaram interesse em adquirir essas aeronaves, com 10 pedidos cada.
Relata-se ainda que os Emirados Árabes Unidos também estariam preparando uma encomenda de até 24 Super Tucanos. 
SNB

Caça russo encanta em show aéreo no Bahrein

O rei do Bahrein, Hamad bin Isa Al Khalifa, expressou interesse no caça de quinta geração Sukhoi T-50 (PAK FA). A produção em série de uma versão de exportação da aeronave deve começar em 2020.
O rei também mostrou-se interessados por helicópteros russos como o Ka-226T, o Ansat, o Ka-32A11BC e o Mi-171A2, segundo uma fonte na delegação russa.
O T-50 foi visto pela primeira vez em janeiro de 2010, quando foi apresentado no show aéreo MAKS-2011. O caça deve passar a fazer parte da ForAérea russa em 2016. Sua produção em massa começará em 2017, segundo disse neste sábado o coronel-general Viktor Bondarev, das Forças Aeroespaciais.
“Tenho 100% de certeza que terminaremos os testes conjuntos este ano. A aeronave deve ser produzida em massa no ano que vem”, disse Bondarev aos jornalistas.
O comandante informou ainda que visitou recentemente Komsomolsk-on-Amur para ver o trabalho da empresa. “Hoje, o 11º e últimos da série T-50 está 60-70% pronto”, revelou.
O T-50, equipado com aviônica moderna e sistemas de voo inteiramente digitais, será o primeiro avião furtivo operacional das Forças Aeroespaciais russas.


SPUTNIK SNB

segunda-feira, 11 de janeiro de 2016

A BRADAR, empresa do Grupo Embraer Defesa & Segurança, e o CTEx (Centro Tecnológico do Exército

Os testes ocoreram no final do ano, contou com a presença do chefe do Centro Tecnológico do Exército, General-de-Brigada Hildo Vieira Prado Filho, e do presidente da BRADAR, Astor Vasques, além de ambas as equipes envolvidas no desenvolvimento do projeto. Foto BRADAR
SNB

SABER M200 - BRADAR e CTEx testam com sucesso radar

BRADAR, empresa do Grupo Embraer Defesa & Segurança, e o CTEx (Centro Tecnológico do Exército) realizaram com sucesso o primeiro teste funcional do radar SABER M200 ao acompanhar em tempo real o tráfego aéreo do aeroporto de Viracopos, em Campinas (SP). O evento, que aconteceu no final do ano, contou com a presença do chefe do CTEx, General-de-Brigada Hildo Vieira Prado Filho, e do presidente da BRADAR, Astor Vasques, além de ambas as equipes envolvidas no desenvolvimento do projeto.

O SABER M200 é um radar multimissão de defesa antiaérea, de média altura, tridimensional, que emprega avançada tecnologia de varredura eletrônica para detecção e acompanhamento de aeronaves. Este equipamento é o primeiro radar de painéis fixos no mercado mundial instalado em um contêiner de 20 pés (6,096 metros), facilitando seu transporte. O SABER M200 é capaz de acompanhar múltiplos alvos aéreos simultaneamente, além de guiar mísseis, realizar missões de vigilância, meteorologia e aproximação, num raio de 450 quilômetros.

O desenvolvimento do SABER M200 recebeu, nas três etapas iniciais, apoio financeiro da FINEP - Financiadora de Estudos e Projetos e, na etapa final, será financiado com recursos do BNDES - Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social.

Para o General Prado, o SABER M200 será uma grande conquista tecnológica para o País: “Estou impressionado com o que vi. Mais impressionado ainda em observar uma empresa com pessoas jovens e tão talentosas envolvidas num projeto dessa dimensão. É o conhecimento e o domínio tecnológico que asseguram a soberania”, disse. “Poucos países detêm esta tecnologia desenvolvida pelo CTEx e pela BRADAR, por isso, é importante darmos continuidade a trabalhos como esse. O SABER M200 agrega um valor enorme para o Brasil e mostra o quanto estamos capacitados e em nível de igualdade com o desenvolvimento tecnológico mundial”.

O presidente da BRADAR, Astor Vasques, acredita que a consolidação desse projeto demonstra a capacidade e a maturidade da empresa: “Hoje temos um portfólio abrangente e inovador. Detemos o conhecimento da tecnologia e a capacitação para desenvolver diversos radares. Com o SABER M200 completamos uma família de radares de vigilância capaz de garantir a autonomia tecnológica do Brasil”.

Sobre a BRADAR

A BRADAR é uma empresa de base tecnológica, especializada em sensoriamento remoto e radares de vigilância aérea e terrestre. A BRADAR desenvolve soluções inovadoras de alta tecnologia e qualidade para seus clientes, sendo responsável pelo desenvolvimento dos mais avançados radares para: Sensoriamento remoto para cartografia e monitoramento (OrbiSAR); vigilância terrestre (SENTIR M20); e busca e vigilância aérea de baixa altura (SABER M60). Certificada pelo governo brasileiro como Empresa Estratégica de Defesa (EED), a BRADAR desenvolve ainda radares voltados para a segurança e defesa, explorando sua capacidade de desenvolvimento de novas soluções tecnológicas em radiofreqüência.
SNB