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segunda-feira, 22 de dezembro de 2014

Amazul assina contrato com a Mectron para projeto do IPMS do submarino de propulsão nuclear

No mês de dezembro, a Amazônia Azul Tecnologias de Defesa S.A. (Amazul) assinou um contrato com a Mectron para o projeto do Sistema Integrado de Gerenciamento da Plataforma Integrated Platform Management System (IPMS), do submarino com propulsão nuclear que está sendo desenvolvido pela Marinha do Brasil, com assistência técnica do grupo francês DCNS. O IPMS é o sistema computacional com função de controlar e monitorar diversos equipamentos de submarinos.
O contrato contempla o apoio técnico nos serviços de engenharia para participação no desenvolvimento do IPMS. Com prazo de conclusão de dois anos, os trabalhos serão iniciados em fevereiro de 2015 e realizados por uma equipe de engenheiros da Mectron, juntamente com especialistas da Marinha do Brasil. Os serviços serão realizados no escritório técnico de projetos e submarino localizado no Centro Tecnológico da Marinha, em São Paulo (SP).
“Estamos orgulhosos por mais esta conquista e com a crescente participação da Mectron no Programa de Desenvolvimento de Submarinos, assegurando o domínio tecnológico nacional não só para a estrutura dos submarinos, mas também para os complexos sistemas neles embarcados”, diz Gustavo Ramos, diretor-superintendente da Mectron.
“O PROSUB da Marinha do Brasil, firmado no final de 2008 como parte do Acordo Estratégico Brasil-França, prevê a construção de quatro submarinos convencionais, um submarino de propulsão nuclear, um Estaleiro e uma Base Naval, em Itaguaí (RJ). O acordo prevê ainda que o submarino de propulsão nuclear seja totalmente projetado e construído no País”, disse o Vice-Almirante (RM1) Ney Zanella dos Santos, diretor-presidente da Amazul.
Sobre a Amazul
A Amazônia Azul Tecnologias de Defesa S.A. – Amazul foi constituída em 2013 com o objetivo de promover, desenvolver, transferir e manter tecnologias sensíveis às atividades do Programa Nuclear da Marinha (PNM), do Programa de Desenvolvimento de Submarinos (PROSUB) e do Programa Nuclear Brasileiro (PNB).
Sua missão primordial é apoiar o desenvolvimento do submarino de propulsão nuclear, tecnologia imprescindível para que o País exerça a soberania plena sobre as águas jurisdicionais brasileiras, a nossa Amazônia Azul.
Para cumprir seus objetivos, a Amazul pode estabelecer escritórios no Brasil e no exterior, fazer parcerias e participar minoritariamente de empresas privadas e empreendimentos.
Sobre a Mectron
Sediada em São José dos Campos, no estado de São Paulo, no maior polo da indústria aeroespacial do hemisfério sul, a Mectron possui mais de 20 anos de experiência e atua nos mercados de defesa e aeroespacial, desenvolvendo e fabricando produtos de alta tecnologia e altíssimo valor agregado, tanto para aplicações militares como civis.
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sexta-feira, 12 de dezembro de 2014

Brasil deve fechar em 2015 compra de bateria antiaérea russa por R$2,5bi

Técnicos militares brasileiros visitaram a Rússia recentemente para estudar a forma de integrar baterias antiaéreas que podem abater aviões ao modelo de defesa aeroespacial brasileiro. O armamento também pode derrubar mísseis e drones a até 15 km de altitude. O objetivo da visita foi de finalizar os requisitos logísticos e industriais das necessidades do Brasil para adquirir o armamento, segundo o Ministério da Defesa.
O contrato para a compra de três baterias do armamento de média altura Pantsir-S1, usado até por países em conflito como Síria e Iraque, deve ser assinado até julho de 2015, diz o ministério. Na América Latina, apenas a Venezuela possui um sistema de artilharia de média altura que atinge alvos entre 3 km e 15 km de altitude, segundo o general João Chalella Júnior, comandante da Brigada de Artilharia Antiaérea do Exército Brasileiro.
Além das três baterias de Pantsir, o Brasil está comprando dos russos duas baterias do modelo Igla, de baixa altura (atingem alvos a até 3 km), que as forças militares brasileiras já possuem e que serão renovadas por aproximadamente R$ 42 milhões.O total da transação, envolvendo as cinco baterias e a logística para implementação, ficará em R$ 2,562 bilhões, informa o Ministério da Defesa. Só as três Pantsir-S1 custam R$ 1,8 bilhão.
A proposta final da fabricante do Pantsir deverá ser apresentada ao governo brasileiro formalmente até fevereiro de 2015. A previsão é de que os equipamentos não cheguem a tempo das Olimpíadas de 2016, segundo a pasta.
O plano é distribuir o sistema entre as Forças Armadas do país: uma bateria, a do Exército, será colocada em Brasília, para proteger o Palácio do Planalto e os órgãos administrativos federais. A segunda, da Aeronáutica, será posicionada em São José dos Campos (SP), onde está instalado o complexo industrial com importantes fábricas do setor, como a Embraer, que fará a construção e a montagem final do novo caça do Brasil, o Gripen.
Já a terceira bateria, pertencente à Marinha, será posicionada no Rio de Janeiro, para defender os submarinos nucleares, que estão sendo fabricados no estado, e também o pré-sal.
Projeto similar
Uma empresa nacional, a Avibras, anunciou recentemente um projeto com um consórcio europeu para o desenvolvimento conjunto de uma artilharia semelhante e de fabricação nacional.
Ao G1, o brigadeiro Antonio Carlos Moretti Bermudez, chefe de logística do Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas, respondeu que “o processo de negociação do sistema de defesa antiaérea de média altura russo é consequência de um acordo” com a Rússia em que haverá “transferência irrestrita de tecnologias agregadas de conteúdo nacional” e que o sistema brasileiro que será produzido pela Avibras “não se trata de um concorrente”, mas que poderá ser “complementar“.
O presidente da Avibras, Sami Hassuani, informou que a parceria com o consórcio europeu é para um produto destinado à Marinha e que poderá apoiar o governo federal industrialmente caso seja escolhida para fornecer outros equipamentos.
Visita russa ao BrasilO total da transação, envolvendo as cinco baterias e a logística para implementação, ficará em R$ 2,562 bilhões, informa o Ministério da Defesa. Só as três Pantsir-S1 custam R$ 1,8 bilhão.
A proposta final da fabricante do Pantsir deverá ser apresentada ao governo brasileiro formalmente até fevereiro de 2015. A previsão é de que os equipamentos não cheguem a tempo das Olimpíadas de 2016, segundo a pasta.
O plano é distribuir o sistema entre as Forças Armadas do país: uma bateria, a do Exército, será colocada em Brasília, para proteger o Palácio do Planalto e os órgãos administrativos federais. A segunda, da Aeronáutica, será posicionada em São José dos Campos (SP), onde está instalado o complexo industrial com importantes fábricas do setor, como a Embraer, que fará a construção e a montagem final do novo caça do Brasil, o Gripen.
Já a terceira bateria, pertencente à Marinha, será posicionada no Rio de Janeiro, para defender os submarinos nucleares, que estão sendo fabricados no estado, e também o pré-sal.
Projeto similar
Uma empresa nacional, a Avibras, anunciou recentemente um projeto com um consórcio europeu para o desenvolvimento conjunto de uma artilharia semelhante e de fabricação nacional.
Ao G1, o brigadeiro Antonio Carlos Moretti Bermudez, chefe de logística do Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas, respondeu que “o processo de negociação do sistema de defesa antiaérea de média altura russo é consequência de um acordo” com a Rússia em que haverá “transferência irrestrita de tecnologias agregadas de conteúdo nacional” e que o sistema brasileiro que será produzido pela Avibras “não se trata de um concorrente”, mas que poderá ser “complementar“.
O presidente da Avibras, Sami Hassuani, informou que a parceria com o consórcio europeu é para um produto destinado à Marinha e que poderá apoiar o governo federal industrialmente caso seja escolhida para fornecer outros equipamentos.
Visita russa ao BrasilO comandante das tropas de misseis antiaéreos da Força Aérea da Rússia, general Serguei Babakov, esteve recentemente no Brasil para conhecer a forma de controle e defesa aérea brasileira e atuar no planejamento da efetiva “compatibilidade” das armas russas com o cenário de artilharia local.
“A visita dos russos era para que conhecessem a estrutura de artilharia antiaérea das Forças Armadas do Brasil, desde seu mais alto nível de comando e controle até as unidades táticas que executam a missão. Foram demonstradas as reais necessidades para que seja efetuada a integração do sistema russo ao sistema brasileiro”, disse ao G1 o brigadeiro Gérson Machado, titular da Chefia de Logística (Chelog) do Ministério da Defesa e que coordena o processo de aquisição do Pantsir.
“A vinda de um oficial general com vasta experiência operacional tornou a visita bastante efetiva. Foi quando se pode correlacionar, em todos entendimentos, a parte operacional com as possibilidades técnicas do equipamento”, afirmou o brigadeiro Gérson Machado.
O general Babakov conheceu o 11º Grupo de Artilhara Antiaérea do Exército, no Distrito Federal, e também o comando de defesa aérea do país, recebendo informações técnicas de como a Aeronáutica controla o espaço aéreo brasileiro.Testes em Moscou
Em agosto, em meio à crise do conflito russo com a Ucrânia, após a anexação da península da Crimeia pelos russos, um grupo de militares brasileiros acompanhou testes de lançamentos de mísseis do Pantsir em Moscou. Em um dos casos simulados, um míssil acertou hipoteticamente uma aeronave a cerca de 11 km de altitude.
Segundo o brigadeiro Gérson Machado, foram apresentadas aos militares brasileiros “todas as funcionalidades do equipamento em campo de provas” e também planejados dois cenários de operações: no primeiro caso foi lançado um míssil real para atingir um alvo a cerca de 20 km de distância.
Em outro, foi realizado um lançamento eletrônico contra um caça de combate russo MIG-29 a 36 mil pés (11km de altitude).
Nos dois lançamentos o sistema atendeu aos requisitos exigidos pela parte brasileira. A impressão que ficou, após os testes, é que o Pantisir-S1 é um sistema confiável”, disse o brigadeiro.
O pedido para que os brasileiros pudessem acompanhar um exercício de campo real foi feito pela presidente Dilma Rousseff ao colega russo, Vladimir Putin, no Ceará em julho, durante a Cúpula do Brics.
FONTE: G1 (reportagem de Tahiane Stochero)
IMAGENS: KBP (em caráter meramente ilustrativo)
NOTA DO EDITOR: segundo a KBP, cada bateria de Pantsir-S1 é formada por até 6 veículos de combate (ou seja, veículos que têm a torre equipada com dois canhões e doze lançadores de mísseis cada uma), além de unidades de posto de controle, veículos remuniciadores, de manutenção (mecânica e eletrônica), de sobressalentes, dentre outros.
  • FONTE G-1 SEGURANÇA NACIONAL BLOG.SNB

China realiza teste bem sucedido do míssil hipersônico WU-14

Imagem Ilustrativa: darpa.mil
O Ministério da Defesa chinês confirmou que realizou uma terceira rodada de sucesso dos mísseis hipersônicos WU-14, de acordo com informações de um jornal japonês. “O teste para a investigação científica no território chinês é uma prática comum e não são dirigidos contra qualquer país, nem sugerir qualquer objetivo”, publicou o jornal Yomiuri, citando a resposta por escrito do Ministério chinês em cima do pedido .
As informações sobre este teste foi lançado no início deste mês pelo portal The Washington Free Beacon, dizemdp que além de ser um contrapeso para o programa dos EUA Prompt Global Strike, o novo míssil ameaçava sistemas de mísseis norte-americanos. Diversas fontes relatam que artefato chinês pode viajar a uma velocidade de 12.000 km / h. O segundo teste do secreto míssil balístico hipersônico, realizada no dia 07 de agosto na província de Shanxi, foi um fracasso, de acordo com o jornal chinês South China Morning Post. O primeiro teste do WU-14 foi realizado em janeiro deste ano e foi reconhecido como “bem sucedido” pelo Ministério da Defesa da China.
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quarta-feira, 10 de dezembro de 2014

Brasil assina acordo espacial com a China

O ministro da Ciência, Tecnologia e Inovação, Clelio Campolina Diniz, assinou carta de intenções com a Administração Espacial Nacional da China (CNSA, na sigla em inglês) ontem (9), antes de embarcar de volta ao Brasil.
“Assinamos um acordo de colaboração para os próximos dez anos”, disse o ministro. “A partir dele, vamos discutir as etapas técnicas e os cronogramas das futuras atividades. Há um desejo mútuo de continuar trabalhando junto”.
Segundo ele, a carta de intenções abre possibilidade de desenvolver um programa conjunto de foguetes lançadores – atividade dominada pela Corporação Chinesa de Ciência e Tecnologia Aeroespacial (Casc, na sigla em inglês), cuja sede o ministro conheceu na segunda-feira (8). “Na cooperação atual, o Brasil trabalha mais com o satélite, enquanto a Casc se encarrega, na China, de toda a preparação do veículo lançador”, explicou Campolina.
Na sede da CNSA, em Pequim, o ministro viu imagens do satélite Cbers-4, lançado domingo (7), da base de Taiyuan, de onde o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) já realiza testes de câmeras.
Encontro - No país asiático desde quinta-feira (4), Campolina também se encontrou com o ministro chinês da Ciência e Tecnologia, Wan Gang, na segunda-feira (8), quando os gestores discutiram pautas comuns. Gang esteve no Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) em agosto de 2012.
“Tivemos uma longa conversa sobre nossas agendas comum. Estamos programando o 2º Diálogo de Alto Nível Brasil–China em Ciência, Tecnologia e Inovação, a ser realizado em Brasília, no primeiro semestre de 2015″, informou Campolina.
Ocorrida em 2011, em Pequim, a primeira edição do Diálogo de Alto Nível abordou parcerias em agricultura, energias renováveis, nanotecnologia, segurança alimentar e tecnologias da informação.
“Agora, estamos discutindo os temas mais relevantes da cooperação, como a área espacial, a presença de empresas chinesas no Brasil, a exemplo da Baidu e da Huawei; os convênios entre universidades dos dois países e o programa Ciência sem Fronteiras”, disse.
Campolina recordou o entendimento firmado entre a presidenta Dilma Rousseff e o presidente chinês, Xi Jinping, em visita oficial ao Brasil, em julho último, para ampliar a participação do país asiático no programa de mobilidade acadêmica. “Neste momento, temos 253 alunos aqui, com intenção de aumentar o número. As universidades chinesas estão muito bem preparadas. Encontramos pessoas falando e dando curso em inglês. Então, não há dificuldade de inserção dos estudantes. E eles têm muita fronteira de pesquisa”, observou o ministro.
Diálogo - Ontem (9), Campolina também participou de reunião na Academia Chinesa de Ciências (CAS, na sigla em inglês). “Fizemos uma longa discussão dos interesses comuns. Eles nos apresentaram suas atividades e abordamos iniciativas brasileiras, como o Programa Nacional de Plataformas do Conhecimento”, disse. “Convidamos a entidade para o Diálogo de Alto Nível no Brasil e planejamos, inclusive, discutir a colaboração Sul-Sul”, informou. “Ou seja, além da parceria bilateral, estamos querendo estender algum tipo de serviço para a América Latina e a África, como imagens de satélite”.
Também onte, Campolina conheceu o centro de demonstração de soluções da Huawei em Pequim. O ministro lembrou que a companhia doou parte dos equipamentos dos Centros de Dados Compartilhados (CDCs) de Manaus e Recife, em parceria dos ministérios da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) e da Educação (MEC), por meio da Rede Nacional de Ensino e Pesquisa (RNP). “A empresa ainda tem um centro em Sorocaba (SP), para o qual avisaram que devem aumentar os investimentos em pesquisa”, informou.
A missão brasileira à China começou na sexta-feira (5), em Xinhui, quando Campolina visitou o estaleiro que desenvolve o navio hidroceanográfico Vital de Oliveira, que integra o projeto do Instituto Nacional de Pesquisas Oceanográficas e Hidroviárias (Inpoh). De lá, a delegação seguiu para Taiyuan, onde acompanhou o lançamento do Cbers-4 e se deslocou para Pequim, onde cumpriu agenda nos dois últimos dias.
Acompanharam o ministro o presidente da Agência Espacial Brasileira (AEB), José Raimundo Braga Coelho, o diretor geral do Inpe, Leonel Perondi, o ex-ministro de C&T, Marco Antonio Raupp, e o diretor de Planejamento, Orçamento e Administração da AEB, José Iram Mota Barbosa.
Fonte: MCTI
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terça-feira, 9 de dezembro de 2014

INPE apresenta primeiras imagens do CBERS-4















As primeiras imagens da câmera multiespectral brasileira MUX, a bordo do satélite CBERS-4, foram obtidas nesta segunda-feira (8) pelos técnicos do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE). As imagens foram tomadas sobre a região de Armação de Búzios (RJ).
A MUX é a primeira câmera para satélite inteiramente desenvolvida e produzida no Brasil. Com 20 metros de resolução e multiespectral, registra imagens no azul, verde, vermelho e infravermelho, em faixas distintas, para uso em diferentes aplicações, principalmente no controle de recursos hídricos e florestais.
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EM FASE DE TESTES CBERS-4 ENVIA PRIMEIRAS IMAGENS A TERRA

O satélite sino-brasileiro Cbers-4, lançado ao espaço no domingo (7) da base espacial de Taiyuan, na China, enviou ontem (8) as primeiras imagens de teste à Terra. A informação foi divulgada pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), responsável pela produção do satélite no Brasil. Segundo o órgão, o Cbers funciona conforme o programado.
O diretor de Política Espacial e Investimentos Estratégicos da Agência Espacial Brasileira (AEB), Petrônio Noronha de Souza, explica que esta fase de testes, denominada de comissionamento, dura em torno de três meses, ao final da qual o satélite passa a enviar as fotos que são disponibilizadas aos usuários. Nesse período o Cbers-4 ainda fará ajustes de órbita.
O satélite é equipado com quatro câmeras de alta resolução, entre elas a MUX, primeira câmera para satélite inteiramente desenvolvida e produzida no Brasil. “Uma imagem é gerada em apenas cinco minutos para uma base solicitante, como a de Cachoeira Paulista (SP), por exemplo”, diz João Vianei Soares, do Inpe, responsáveis pelas aplicações do satélite.
O Cbers tem capacidade de 15 minutos de gravação por dia e se desloca a uma velocidade de 4,2 km por segundo, informa Soares. O satélite dá 14 voltas no planeta por dia, completando cada órbita em 100 minutos.
As quatro câmeras do Cbers enviarão imagens de áreas que variam de 120 km a 860 km de extensão. Elas possibilitam o mapeamento de áreas agrícolas, geológicas e monitoramento de áreas de desmatamento de quase 90% do território da América do Sul e também da China.
Em função de acordos de parcerias governamentais, também são disponibilizadas, gratuitamente, imagens do continente africano para alguns países da África.
CCS-AEB com informações do Inpe
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Exército encomenda mais 20 viaturas do sistema de artilharia de saturação por foguetes e mísseis Astros 2020

 De acordo com publicação do Diário Oficial da União (DOU), o Exército Brasileiro, através do seu Comando Logístico, colocou a encomenda de mais 20 viaturas do sistema de artilharia de saturação por foguetes e mísseis Astros 2020 a Avibras Aeroespacial. Ainda não foram divulgados os valores ou a composição do lote de viaturas, mas a quantidade indica que será uma bateria completa com lançadoras, remuniciadoras, veículo de resgate e de comando, etc, de acordo com o previsto no Projeto Estratégico do Exército Astros 2020.
Ainda não são conhecidos detalhes do lote de armamentos a serem adquiridos para essa bateria, como os novos foguetes guiados de 40 km de alcance, ou os mísseis táticos de cruzeiro com 300 km de alcance, ambos produzidos pela Avibras. Recentemente, os Fuzileiros Navais da Marinha do Brasil realizaram a sua primeira campanha de tiro real com os seus Astros 2020 no Campo de Tiro de Formosa, próximo a Brasília, capital federal.
“EXTRATO DE INEXIGIBILIDADE DE LICITAÇÃO Nº 86/2014 – UASG 160069 - Nº Processo: 64447015387201446 . Objeto: Aquisição de chassis, cabines, equipamentos eletromecânicos, equipamentos eletrônicos e componentes para 20 (vinte) viaturas do sistema ASTROS 2020. Total de Itens Licitados: 00006. Fundamento Legal: Art. 25º, Inciso I da Lei nº 8.666 de 21/06/1993.
MARCO ANTONIO DE FARIAS. Comandante Logístico. Valor Global:R$ 177.582.190,00. CNPJ CONTRATADA : 00.435.091/0001-98 - AVIBRAS DIVISÃO AÉREA E NAVAL S.A.(SIDEC – 01/12/2014) 160069-00001-2014NE800019”.
Foto: Roberto Caiafa / Infodefensa.com
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segunda-feira, 8 de dezembro de 2014

Marinha do Brasil vai avaliar o navio de assalto anfíbio francês ‘Siroco’

A MB enviará comitiva coordenada pelo CMG (EN) Luiz Carlos Delgado, outros 5 oficiais superiores e um Engenheiro de Tecnologia Militar, todos lotados na DEN, que embarcarão para Toulon, no dia 13.12.2014, para realizar visita técnica ao navio de assalto anfíbio (LPD) Siroco (L9012), da classe “Foudre”.
O objetivo é avaliar as condições do navio e a possibilidade de a MB vir a operá-lo. Caso a avaliação seja positiva, ele deverá ser adquirido.
A avaliação ocorrerá entre os dias 16 e 18 de dezembro.
FONTE PODER NAVAL ,,SEGURANÇA NACIONAL BLOG.SNB

SAAB E EMBRAER SERÃO PARCEIRAS NAS VENDAS MUNDIAIS DO GRIPEN

A Embraer e a sueca Saab vão explorar conjuntamente as oportunidades de vendas globais do caça Gripen NG, que será produzido no Brasil para a Força Aérea Brasileira (FAB). O vice-presidente de parcerias industriais da divisão aeronáutica da Saab, Jan Germudsson, disse que a empresa estima um mercado potencial de três mil caças nos próximos 20 anos.
"Nosso objetivo é capturar entre 10% e 15% desse volume, algo em torno de 300 a 400 aeronaves", disse o executivo durante entrevista na fábrica onde é produzido o Gripen, em Lindköping.
A ideia da Saab, segundo ele, é que a Embraer participe junto com a companhia das vendas, estimadas em mais de US$ 30 bilhões. O mercado total no segmento de caças, de acordo com o executivo, é projetado em cinco mil unidades, mas parte disso se refere às aeronaves chinesas e russas.
A Embraer e a Saab já assinaram um memorando de entendimento que atesta a posição de liderança da fabricante brasileira no programa de desenvolvimento do caça. A participação da brasileira envolve a coordenação das atividades de produção e entrega das versões monoposto e biposto (dois lugares) do caça, assim como desenvolvimento de sistemas, integração, testes em voo, montagem final e entregas.
As duas empresas também negociam a formação de uma parceria estratégica para a promoção das vendas do Gripen NG no mercado global.
Além da Embraer, a Mectron, do grupo Odebrecht Defesa& Tecnologia; Akaer; Inbra Aerospace; Ael Sistemas; e Atech, controlada pela Embraer, foram selecionadas pela Saab para serem as principais parceiras industriais no desenvolvimento do Gripen NG.
A Inbra foi escolhida pela Saab para a produção de partes estruturais do caça em material composto. A empresa será sócia majoritária, com 60% de participação, da fábrica de aeroestruturas (SBTA), que está construindo em São Bernardo do Campo em conjunto com a Saab. A companhia sueca fará investimento inicial de US$ 150 milhões no empreendimento.
O vice-presidente da sueca, Jan Germudsson, disse que o valor será aplicado na construção da fábrica, treinamento de mão de obra e preparação para a produção. A previsão é que a empresa inicie a produção de peças em 2017. O contrato assinado pela Saab com o governo brasileiro prevê que as entregas dos 36 caças comecem a partir de 2019.
O executivo da Saab acredita que a SBTA tenha potencial para faturar entre US$ 40 milhões e US$ 60 milhões por ano, mas este valor não inclui apenas o Gripen. "A empresa será capacitada para se tornar uma fornecedora de aeroestruturas de nível um e desta forma poderá acessar a cadeia aeronáutica global e exportar produtos."
Em entrevista recente ao Valor, o presidente da Copac (Comissão Coordenadora do Programa Aeronave), brigadeiro do ar José Augusto Crepaldi Affonso, disse que as empresas brasileiras se beneficiarão do programa dos caças tanto no aspecto tecnológico, pois terão a possibilidade de participar do desenvolvimento de um sistema aeroespacial no limite da tecnologia, como no comercial, uma vez que serão subcontratadas para realizar atividades no âmbito dos contratos de venda do caça.
Assinado no dia 24 de outubro, o contrato de compra de 36 caças da Saab pela FAB está avaliado em US$ 5,4 bilhões. Os primeiros pagamentos, segundo a Copac, serão feitos no ano de 2015, conforme consta no projeto de lei orçamentária, que prevê a liberação de R$ 1 bilhão.
A fábrica da Saab em Lindköping tem capacidade para produzir até 30 caças por ano, informou o diretor de produção, Hans Häggrot. A parceria com as empresas brasileiras, de acordo com o executivo, prevê a vinda de 100 a 200 engenheiros para a Suécia a partir de 2015 para iniciar o trabalho de treinamento e capacitar as equipes para produzir os caças no Brasil.
A montagem final de 15 caças será feita na fábrica da Embraer, em Gavião Peixoto. O Gripen NG possui cerca de 23 mil peças e componentes. Mais de 90% do avião é feito de alumínio e o restante de material composto.
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Satélite brasileiro em parceria com a China reduzirá dependência dos EUA


A apenas dois dias de completar um ano do fracasso do lançamento do satélite CBERS-3, o Brasil e a China se preparam para lançar na madrugada deste domingo (7), o CBERS-4, o quinto do programa de sensoriamento remoto resultante da parceria sino-brasileira, que existe desde 1988. Caso a operação tenha êxito, o Brasil voltará a produzir imagens próprias da Terra e do seu território. Desde o começo de 2010, com o fim das operações do CBERS-2B, o Brasil não possui um satélite próprio para esse fim e por isso compra algumas das imagens registradas pelos Landsats das agências norte-americanas, segundo informações da Agência Espacial Brasileira (AEB).
O lançamento -- que estava previsto inicialmente para dezembro de 2015, mas foi antecipado devido ao incidente com o CBERS-3 -- deve acontecer entre 10h30 e 11h30 (0h30 e 1h30 do mesmo dia no horário de Brasília), no Centro de Lançamento de Satélites de Taiyuan, na província de Shanxi, a 760 quilômetros a sudoeste de Pequim, capital da China. A missão poderá ser acompanhada pela internet através de um link no site no INPE (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais).
Segundo a AEB, ter um satélite próprio é de extrema importância para o monitoramento do desmatamento da Amazônia, das fronteiras e para colher informações sobre expansão agrícola e desenvolvimento urbano. As imagens do CBERS podem ser acessadas gratuitamente por qualquer usuário na internet.
Sobre as imagens disponibilizadas pelos Landsats, a agência não soube informar qual o custo para os cofres públicos e, através de sua assessoria de imprensa, afirmou que o governo brasileiro adquire as imagens através de uma cooperação com o governo norte-americano.A geóloga e professora do programa de pós-graduação em sensoriamento remoto da UFRGS (Universidade Federal do Rio Grande do Sul), Silvia Beatriz Alves Rolim, explica que algumas das imagens disponibilizadas são gratuitas. "Inspirados no exemplo brasileiro de disponibilizar gratuitamente as imagens, o governo norte-americano também não cobra por algumas delas. Eles têm uma gama de satélites, por isso algumas imagens mais exclusivas são mais caras e por isso cobradas."
Os investimentos feitos pelo Brasil para lançar os satélites CBERS-3 e 4 foram da ordem de US$ 320 milhões (o equivalente a R$ 830 milhões). Os dois países dividem igualmente os custos do programa. Antes dos CBERS-3 e 4 foram lançados com sucesso o CBERS-1 (1999), CBERS-2 (2003) e CBERS-2B (2007).
O foguete que tem a missão de colocar o CBERS-4 em órbita (a uma altitude de 778 quilômetros da Terra) é o Longa-Marcha 4B, o mesmo modelo chinês usado no ano passado para o lançamento da versão 3 do satélite, cuja uma falha na propulsão foi a causa do fracasso da missão. A Agência Espacial Brasileira garante, no entanto, que todos os testes necessários foram feitos por técnicos brasileiros e chineses para que o lançamento deste ano seja um sucesso.O CBERS-4 tem tecnologia parecida com a versão 3 e está equipado com um conjunto sofisticado formado por quatro câmeras: WFI (Imageador de Amplo Campo de Visada), MUX (Imageador de Média Resolução), IRS (Imageador Infravermelho) e PAN (Imageador de Alta Resolução). O MUX é uma das principais inovações desta versão do CBERS, por ser a primeira câmera para satélite inteiramente desenvolvida e produzida no Brasil, capaz de registrar imagens no azul, verde, vermelho e infravermelho, em faixas distintas.
A professora Silvia Beatriz Alves Rolim conta que o sucesso da missão significa autonomia para o Brasil no mapeamento e monitoramento dos recursos naturais renováveis e não renováveis, na proteção e monitoramento das fronteiras, no planejamento urbano e territorial, no monitoramento de mudanças climáticas, além de autonomia do desenvolvimento de satélites e de tecnologia de mapeamento e monitoramento.
"Quando dependemos de um satélite de outro país, dependemos do país. Se os Estados Unidos não quiserem, ou não puderem mais disponibilizar as imagens, ficamos à mercê dessa possibilidade. Quando, por exemplo, há um acontecimento meteorológico importante, como um furacão, é natural que eles direcionem seus equipamentos para esse tema e não nos disponibilizem as imagens com a frequência que precisamos. Por isso, nos tornamos reféns", afirma.
O professor de Física e Astronomia da PUC-SP (Pontifícia Universidade Católica de São Paulo), Walmir Cardoso, corrobora essa explicação. "O Brasil tem uma das maiores florestas do mundo, é uma região gigante, e monitorar essa área é fundamental para nós. Precisamos ter satélites porque eles colhem informações que nos interessam diretamente. Além disso, esse tipo de tecnologia necessária para a fabricação de satélites não se compra. Quem tem não vende e nem repassa essa tecnologia. Então, cabe aos países desenvolvê-la", afirma.
A geóloga da UFRGS é otimista quanto ao futuro do sensoriamento remoto e das pesquisas nessa área no Brasil. "O cenário é bem positivo. Temos capacitação e condições de desenvolver parcerias com outros países. O governo tem investido nessa área, mas toda ajuda é bem vinda, pois essa é uma área estratégica para o Brasil. Acredito que estamos no caminho certo",
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domingo, 7 de dezembro de 2014

Satélite sino-brasileiro é lançado com sucesso e já orbita a Terra

O programa espacial brasileiro precisava de um pouco de boas notícias: no ano passado, um satélite de R$ 289 milhões caiu onze segundos antes de entrar em órbita; e a lembrança do acidente em Alcântara ainda ronda a memória das pessoas. Mas neste domingo, à 1h26 da manhã, foi lançado com sucesso o satélite sino-brasileiro CBERS-4. E o que ele vai fazer lá no espaço?
O mais novo satélite do programa CBERS (sigla em inglês para “satélite sino-brasileiro de recursos terrestres”) fará mapas de queimadas na Amazônia, ficará de olho no desflorestamento, na expansão agrícola, e também fará estudos de desenvolvimento urbano.
O satélite possui quatro câmeras – duas brasileiras, duas chinesas – que terão muitas finalidades, como explica a agência EFE:
Este novo aparelho é, como o anterior, também projetado para fotografar, rastrear e registrar atividades agrícolas, desmatamento das florestas, mudanças na vegetação, recursos hídricos e expansão urbana com uma resolução muito superior à dos satélites anteriores…
Desde 2010, o Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais) tinha que usar imagens de satélites estrangeiros – como os americanos Modis e Landsat – porque o último satélite nacional com essa finalidade havia encerrado suas operações.
O CBERS-4 entrou em órbita doze minutos após o lançamento, a 778 km de altitude, conforme previsto. Ele foi levado por um foguete chinês que decolou da base de Taiyuan, no norte da China. Este é o 200º lançamento de satélite do país asiático (e o 188º bem-sucedido), desde quando seu programa espacial começou na década de 70.

Superando o fiasco

O engenheiro Antonio Carlos de Oliveira, coordenador no programa CBERS, disse à Folhaque “saiu um peso do peito” depois que o satélite entrou em órbita. É que, em dezembro de 2013, o foguete que levava o CBERS-3 sofreu uma falha no propulsor, fazendo o satélite caire ser destruído na atmosfera.
Segundo o Estadão, o problema foi uma falha em uma válvula no foguete chinês Longa Marcha 4B, que impediu ao satélite atingir a velocidade necessária. A propulsão do foguete deveria durar 16 minutos, mas foi interrompida aos 15 minutos e 49 segundos. Por isso, o CBERS-3 entrou em uma órbita instável e caiu na Terra.
Desde então, China e Brasil analisaram as causas da falha para que ela não ocorresse novamente; e a base de Taiyuan fez outros dois lançamentos bem-sucedidos. Devido ao acidente, o lançamento do CBERS-4 – antes previsto para dezembro de 2015 – foi adiantado em um ano. Ele não é um sucessor: na verdade, é igual ao CBERS-3.o Brasil fabricou a estrutura do novo satélite, o sistema de fornecimento de energia, o de coleta de dados ambientais e o gravador de dados digitais, além de duas câmeras a bordo do CBERS-4. Como o cronograma foi antecipado, a montagem do satélite foi feita na China; isso estava previsto para ser feito no Inpe, em São José dos Campos (SP).
O programa CBERS começou em 1988, quando Brasil e China uniram recursos para desenvolver e construir satélites de sensoriamento remoto. O CBERS-1, CBERS-2 e CBERS-2B foram lançados com sucesso em 1999, 2003 e 2007, respectivamente. Eles tinham vida útil de três anos.
Brasil e China já planejam um novo satélite, o CBERS-4B, que deve ser levado ao espaço em 2016.

Mais satélites

E este não é o único satélite sendo planejado no país. O Amazônia-1, em desenvolvimento no INPE, tem por objetivo gerar imagens do planeta a cada quatro dias, e ficar de olho em tempo real no desmatamento da Amazônia, além de fornecer imagens das áreas agrícolas brasileiras. Seu lançamento estava inicialmente previsto para 2010, mas deve ocorrer só em 2016.
SGDC-1 (Satélite Geoestacionário de Defesa e Comunicações Estratégicas) terá dois objetivos: levar internet para a população de áreas remotas, e permitir que os setores civil e militar do governo se comuniquem de forma segura. Ele recebeu investimentos do Ministério da Defesa e da Telebrás. Seu lançamento estava inicialmente previsto para o final deste ano, mas ele deve ficar pronto só em 2016.
Lattes será o primeiro satélite brasileiro com fins astronômicos. Ele terá a missão de estudar os buracos negros, detectando e estudando fontes emissoras de raios X no universo. Ele também vai monitorar a região da atmosfera terrestre próxima à linha do Equador. Seu lançamento estava inicialmente previsto para 2017, mas deve ocorrer só em 2018.
Sabiá-Mar, por sua vez, é um projeto em cooperação com a Argentina para estudar os ecossistemas oceânicos, o ciclo do carbono, e realizar mapeamento do habitat marinho. Seu nome é uma sigla para “Satélite Argentino-Brasileiro de Informações Ambientais Marítimas”. Seu lançamento estava inicialmente previsto para 2018, mas deve ocorrer só em 2019.Satélites brasileiros a serem lançados ao espaço, de acordo com o Programa Nacional de Atividades Espaciais 2012-2021
Por que tantos atrasos? Bem, a AEB (Agência Espacial Brasileira) vem recebendo bem menos recursos do que o previsto. A agência espera contar com cerca de R$ 300 milhões no ano que vem, mesmo valor repassado este ano. No entanto, ela planejava receber cerca de R$ 770 milhões a cada ano – mais que o dobro.
No Programa Nacional de Atividades Espaciais 2012-2021, ainda constam mais dois satélites: o GEOMET-1, satélite meteorológico para ser usado em sistemas de previsão do tempo, a ser lançado em 2018; e o SAR/MAPSAR, para produzir imagens da Terra por meio de radares, a ser lançado em 2020.
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Conexão FAB mostra lançamentos de mísseis


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CBERS-4 ENTRA EM ÓRBITA E ENVIA SINAIS PARA A TERRA

 Lançado da base de Taiyuan, na China, às 1h26 (horário de Brasília), o satélite sino-brasileiros de sensoriamento remoto Cbers-4 enviou os primeiros dados orbitais às 2h quando atingiu 742,5 quilômetros de altitude.
O satélite de sensoriamento remoto completa uma órbita em torno da Terra a cada 90 minutos e sua primeira passagem sobre o Brasil é prevista por volta das 10h de hoje (7), quando será monitorado pela estação de rastreio do Centro de Lançamento de Alcântara (MA).
Com duas toneladas de peso e equipado com quatro câmaras o Cbers-4 dará 14 voltas no planeta por dia. Em baixa resolução ele imagea toda superfície em cinco dias, em média resolução esse tempo é de 26 dias e em alta resolução de 52 dias.
Suas imagens, que são distribuídas gratuitamente para milhares de usuários, têm diversas aplicações na área de monitoramento ambiental, agrícola e planejamento urbano. A vida útil do Cbers-4 é estimada para três anos.
Sequência – A abertura do painel solar do satélite ocorreu cerca de 20 minutos após o lançamento. Em seguida a câmara MUX entrou no modo stand by, as câmaras PAN e IRS entraram em operação e o painel solar indicou estar com corrente nominal.
Após esses procedimentos o satélite passou a fazer ajuste de órbita utilizando seus próprios motores. Sua inclinação em relação à Terra é de 98,6 graus, dentro do esperado.
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sexta-feira, 5 de dezembro de 2014

IAE realiza a Pré-Campanha da Operação São Lourenço

Nas semanas de 23 de Novembro a 06 de Dezembro, estão sendo realizadas as atividades da Pré-campanha da Operação São Lourenço no Centro de Lançamento da Barreira do Inferno (CLBI) em Parnamirim-RN. 
A Operação São Lourenço prevê o lançamento e o rastreio do veículo VS-40M em um voo suborbital, com a finalidade de testar e recuperar sua carga útil, o Satélite de Reentrada Atmosférica (SARA). 
Nesta fase de desenvolvimento, deverão ser testados em voo os subsistemas estrutural, das redes elétricas, de recuperação e o módulo de experimentação do SARA.

A equipe do IAE que trabalha nesta Pré-Campanha tem por objetivo realizar as seguintes atividades:
- Montagem das placas, trilhos e abraçador, específicos para o VS-40M/ SARA, no Lançador de 12 t do CLBI;
- Verificar as condições operacionais do Lançador;
- Integração mecânica do SARA e teste do desplugamento dos umbilicais;
- Integração de um Mock-up do veículo VS-40M/ SARA utilizando os recursos do CLBI;
- Testar o transporte e os procedimentos de integração e posicionamento deste Mock-up no Lançador; e
- Elaborar um procedimento final de integração do veículo e seu posicionamento no Lançador. 

Todas as atividades previstas nesta Pré-campanha têm sido realizadas com sucesso, concluindo desta forma, mais uma importante etapa nos preparativos para o lançamento do VS-40M/ SARA, a partir do CLBI.
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SATÉLITE SINO-BRASILEIRO CBERS-4 SERÁ LANÇADO NO DOMINGO (7)

 O lançamento do satélite Cbers-4, quinto exemplar do programa de satélites de sensoriamento remoto desenvolvido em parceria entre Brasil e China, está programado para 1h26 (no horário de Brasília, 11h26 em Pequim) deste domingo (7) a partir do Taiyuan Satellite Launch Center, na China.
O evento será acompanhado pelo ministro da Ciência, Tecnologia e Inovação, Clélio Campolina, pelo presidente da Agência Espacial Brasileira (AEB), José Raimundo Braga Coelho, pelo diretor do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), Leonel Perondi, e outras autoridades brasileiras.
Iniciado nos anos 1980, o programa Cbers (sigla em inglês para China-Brazil Earth Resources Satellite) é coordenado pela AEB e desenvolvido pelo Inpe. O Cbers-4 é o quinto satélite do Programa, exemplo bem-sucedido de cooperação em alta tecnologia e um dos pilares da parceria estratégica entre o Brasil e a China.
Seu lançamento, inicialmente programado para dezembro de 2015, foi antecipado em um ano devido à falha ocorrida com o foguete chinês Longa Marcha-4, que causou a perda do Cbers-3, em dezembro de 2013. Antes, foram lançados com sucesso o Cbers-1 (1999), Cbers-2 (2003) e Cbers-2B (2007).
A antecipação significou um desafio a mais para as equipes de especialistas dos dois países, que demonstraram ampla competência na preparação do Cbers-4 em conformidade com as rígidas especificações técnicas de um projeto espacial desse porte.
As atividades iniciaram em janeiro com o envio para a China da estrutura de carga útil do satélite, que antes estava no Laboratório de Integração e Testes (LIT) do Inpe, em São José dos Campos (SP).
Além dos processos de montagem e integração, a impossibilidade de conserto em órbita tornam imprescindíveis os rigorosos testes para simular em Terra todas as condições que o satélite enfrentará desde o seu lançamento até o fim de sua vida útil no espaço.
Tecnologia - Satélites de sensoriamento remoto são uma poderosa ferramenta para monitorar o território de países de extensão continental, como o Brasil e a China. As imagens obtidas a partir dos satélites da série Cbers permitem uma vasta gama de aplicações – desde mapas de queimadas e monitoramento do desflorestamento da Amazônia, da expansão agrícola, até estudos na área de desenvolvimento urbano.
O Cbers também é importante indutor da inovação no parque industrial brasileiro, que se qualifica e moderniza para atender aos desafios do programa espacial. A política industrial adotada para o programa permite a qualificação de fornecedores e contratação de serviços, partes, equipamentos e subsistemas junto a empresas nacionais. Assim, além de exemplo de cooperação binacional em alta tecnologia, o Cbers se traduz na criação de empregos especializados e crescimento econômico.
Graças à política de acesso livre às imagens, uma iniciativa pioneira do Inpe, as imagens do Cbers são distribuídas gratuitamente a qualquer usuário pela internet, o que contribuiu para a popularização do sensoriamento remoto e para o crescimento do mercado de geoinformação nacional.
O Inpe distribui cerca de 700 imagens por dia para centenas de instituições (mais de 70 mil usuários) ligadas a meio ambiente, uma contribuição efetiva ao desejado cenário de responsabilidade ambiental – um dos grandes desafios deste século.
O satélite está equipado com sofisticado conjunto de câmeras, com desempenhos geométricos e radiométricos melhorados em relação aos Cbers-1, 2 e 2B. São quatro câmeras: Imageador de Amplo Campo de Visada (WFI), Imageador de Média Resolução (MUX), Imageador Infravermelho (IRS) e Imageador de Alta Resolução (PAN).
Uma importante inovação consiste na MUX, a primeira câmera para satélite inteiramente desenvolvida e produzida no Brasil. Com 20 metros de resolução e multiespectral, a MUX câmera registra imagens no azul, verde, vermelho e infravermelho, em faixas distintas. Essas bandas espectrais têm funções bem calibradas visando seu uso em diferentes aplicações, principalmente no controle de recursos hídricos e florestais.
Projeto espacial dos mais sofisticados realizados no país, a MUX exigiu análises minuciosas e rigorosas, pois a câmera precisa suportar o tempo de vida necessário no ambiente hostil do espaço.
O histórico da cooperação espacial com a China, detalhes sobre o satélite e suas câmeras, exemplos de imagens e outras informações estão disponíveis nas páginas:
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