sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013

Brasil e Namíbia querem expandir cooperação bilateral na área militar

Acompanhado de comitiva integrada por representantes de seu ministério e de empresários da indústria nacional de material militar, Amorim participou de reunião bilateral na sede do Ministério da Defesa namibiano. Durante o encontro, do qual participaram o ministro da defesa, Nahas Angula, e os principais chefes militares do país africano, foram discutidos vários temas relacionados à cooperação em defesa.

As delegações manifestaram a intenção de aumentar o número de exercícios militares, e também de ampliar os projetos conjuntos na área industrial, com o objetivo de melhorar a capacidade produtiva e operacional dos dois países no setor de defesa.

Nahas Angula fez uma breve exposição sobre o cenário geopolítico africano, destacando as preocupações de seu país com o aumento da pirataria, do tráfico de drogas, da pesca ilegal e de outras atividades ilícitas nas águas do Oceano Atlântico que banham a costa da Namíbia e de outras nações africanas.

Em resposta, Celso Amorim afirmou que o Brasil compartilha das apreensões namibianas em relação ao aumento das atividades ilegais. Durante a conversa, ambos concordaram em ampliar o trabalho conjunto bilateral, e no âmbito de foros como a Zopacas, para manter o Atlântico Sul como zona de paz e livre de ameaças.

Agradecimento presidencial

Após reunir-se com seu contraparte namibiano, Amorim foi recebido no palácio do governo pelo presidente do país, Hifikepunye Pohamba. O ministro brasileiro entregou a Pohamba uma carta da presidenta Dilma Roussef. No documento, Dilma reitera a disposição do governo brasileiro de ampliar a cooperação com o país africano em setores diversos, entre os quais o de defesa.

Depois de ler com atenção a carta, Pohamba afirmou compartilhar com a presidenta brasileira as mesmas preocupações e visões sobre a situação da África, de outras regiões do mundo, e sobre as relações entre os países. Em seguida, dirigindo-se ao ministro Celso Amorim, fez um sincero agradecimento ao Brasil pelo apoio prestado pelo país na constituição da Marinha namibiana.

De fato, há quase duas décadas, a Marinha do Brasil tem mantido um forte programa de cooperação com a força naval da Namíbia, que inclui desde a formação de oficiais e praças militares em escolas brasileiras até a doação e venda de navios. Como consequência dessa relação, muitos oficiais namibianos falam português, e outros se encontram atualmente fazendo cursos em instituições de ensino da Marinha.

No âmbito da cooperação, o Brasil mantém uma missão com cerca de 40 militares da Marinha, sediados no porto de Walvis Bay. Em abril deste ano, o novo navio-patrulha oceânico que será incorporado à Força Naval brasileira, o Apa, visitará Walvis Bay, onde deverá participar de operações conjuntas no mar com os militares namibianos. O Apa é o segundo navio-patrulha oceânico dos três adquiridos junto à Inglaterra a ser incorporado à Marinha do Brasil.

Além de encontrar-se com o presidente da Namíbia, Celso Amorim manteve encontros de trabalho com outras autoridades do país, entre as quais o primeiro ministro, Hage Geingob. Oficiais-generais e superiores das Forças Armadas receberam grupo de empresários brasileiros numa reunião em que estes últimos puderam apresentar alguns de seus projetos e produtos.

Integrante da comitiva brasileira, o comandante do Exército, general Enzo Peri, foi recebido por seu contra parte namibiano. Durante a visita, a comitiva brasileira contou com apoio da embaixadora do Brasil no país, Ana Maria Sampaio Fernandes. Antes de passar pela Namíbia, a comitiva esteve em Angola, também em visita oficial.Fotos: Luiz Gustavo Rabelo
Ministério da Defesa...SNB

Ataques cibernéticos expõem Oracle

Uma série de ataques cibernéticos, nas últimas semanas, a empresas como a Apple, Facebook e Twitter expôs falhas generalizadas em um dos componentes de software mais usados no mundo da computação, segundo especialistas em segurança.

As vulnerabilidades na linguagem Java, incorporada à maioria dos navegadores de internet a bordo de computadores pessoais e smartphones, deixaram a Oracle, sua proprietária, em status emergencial para corrigir os considerados maiores "furos" nas defesas de computadores pessoais e smartphones, em meio a uma crescente onda de ciberataques.

"Neste momento, usar Java é um pesadelo. A Oracle simplesmente não foi capaz de blindar todos os furos", afirmou Jaime Blasco, chefe de pesquisas da AlienVault, uma companhia que atua na área de segurança.

Criminosos e outras pessoas que tentam invadir sistemas empresariais ou governamentais montaram um cerco à Java, elegendo os sistemas escritos nessa linguagem como sendo, atualmente, os mais fáceis pontos de ataque, disseram Blasco e outros especialistas em segurança.

Em uma decisão incomum, a Apple admitiu, na semana passada, que laptops usados por alguns de seus desenvolvedores foram infectados por um código prejudicial, introduzido por atacantes que tinham explorado uma falha em Java. Isso veio na esteira de anúncios similares feitos pelo Facebook e pelo Twitter, e é o terceiro problema envolvendo Java que foi amplamente comentado no ano passado.

A crise em formação obrigou a Oracle a deflagrar neste ano um esforço para reparar as falhas que têm surgido.

Em um dos esforços mais abrangentes possíveis desse tipo, a companhia desenvolvedora de programas de bancos de dados dos Estados Unidos liberou, no início deste mês, correções para cerca de 50 problemas diferentes. Além disso, duas semanas depois, divulgou outras cinco correções.

A companhia também está planejando a distribuição de correções emergenciais adicionais para abril, juntamente com uma atualização extra que anteriormente estava programada para junho. Empresas desenvolvedoras de software fazem correções com uma frequência mínima, uma vez que elas obrigam as empresas usuárias a atualizar todas as máquinas de seus funcionários a cada mudança.

Os problemas da Oracle são semelhantes aos que foram enfrentados pela Microsoft no início de 2000, quando a proliferação de furos na segurança no Windows XP indicava que um usuário de microcomputador desprotegido poderia esperar ser infectado com um vírus apenas segundos após conectar-se à internet, disse Kevin Mahaffey, cofundador e diretor de tecnologia da Lookout, uma empresa de segurança móvel.

A Oracle assumiu o controle da linguagem Java quando adquiriu a Sun Microsystems, em 2010, e problemas com o software estão profundamente enraizados há anos, segundo afirmaram pessoas familiarizadas com a linguagem.

Mas assim que as falhas são reparadas, novas são expostas. "Tem aparecido um problema crítico após outro", disse Chris Eng, vice-presidente de pesquisas da Veracode, outra empresa de segurança. Pessoas que procuram atacar os sistemas de computador criaram um estoque de problemas não detectados que usam como arma cibernética assim que velhos furos são sanados, disse ele. (Tradução de Sergio Blum)...Richard Waters e Tim Bradshaw
Financial Times..SNB

Base na Antártida tem novo sistema




Instalado pela Oi, sistema vai permitir acesso à internet, telefonia móvel e transmissão de TV a cerca de 70 pesquisadores e militares que vivem na estação....A operadora Oi inaugurou, ontem, em parceria com o Ministério das Comunicações e a Marinha, um novo sistema de telecomunicações para a Estação Antártida Comandante Ferraz, base brasileira na Antártida incendiada em fevereiro do ano passado.
A empresa já mantinha sistema semelhante na estação desde 2006, mas a infraestrutura foi destruída pelo incêndio que deixou dois mortos.
O novo sistema, criado para suportar o clima adverso da região, que chega a 20 graus negativos, permitirá que os cerca de 70 pesquisadores e militares instalados na base tenham acesso a serviços de internet, telefonia móvel e recepção de sinal de TV.
Instalado após um mês de trabalho de técnicos da empresa que viajaram ao local, o serviço tem antenas com sistema anticongelante, modems, roteadores, terminais para gerenciamento da estação, pressurizador e antenas de transmissão e recepção de sinais de telefonia móvel. Também foi reconstruída uma estação terrena de satélite para ligar a base à rede da Marinha.
"Os equipamentos permitirão que as pessoas que estão aqui possam se comunicar com seus familiares", disse o comandante da Marinha Julio Soares de Moura Neto, por videoconferência, da Antártida.
De acordo com o ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, o custo de uma ligação da Antártida é igual ao de uma chamada local.
O governo brasileiro já liberou R$ 40 milhões para a estação, que ainda não foram totalmente gastos, informou o comandante Moura Neto. A expectativa é que a reconstrução da base custe € 40 milhões (em torno de R$ 105 milhões) e que a estação retorne à sua operação normal em 2014.
O comandante da Marinha afirmou que será promovida uma licitação para a construção de uma nova base na Antártida na segunda metade do ano, com o início das obras previsto para novembro ou dezembro.
O evento de lançamento do serviço ocorreu no edifício do centro de gerência de rede da Oi no Rio de Janeiro. Pedro Ripper, diretor de inovação da operadora, não informou o investimento feito pela empresa. Não houve custo para o governo.
No último ano, os militares e pesquisadores que retornaram à base na Antártida para retomar suas pesquisas tinham acesso à internet e ao telefone com a ajuda de uma antena via satélite montada e desmontada diariamente.
Luciana Bruno...NOTIMP..SNB